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    Oposição republicana conquista maioria no Senado americano

    RAUL JUSTE LORES
    DE WASHINGTON
    DE SÃO PAULO

    05/11/2014 02h48

    A oposição republicana conquistou, nesta terça-feira (4), os assentos que precisava para garantir o controle do Senado americano, que está há oito anos nas mãos do Partido Democrata do presidente Barack Obama.

    Os republicanos tinham que tirar seis cadeiras do Senado nas mãos dos democratas para chegar aos 51 senadores (de um total de 100).

    Os republicanos conquistaram as cadeiras de Virgínia Ocidental, Dakota do Sul, Montana, Arkansas, Colorado, Carolina do Norte e Iowa, que estavam em poder dos democratas.

    Neste ano, estavam em jogo 36 das 100 cadeiras do Senado e todas da Câmara.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A Câmara dos Representantes (deputados), hoje controlada pelos republicanos, continua nas mãos do partido. São 242 republicanos e 174 democratas, com 19 assentos ainda não definidos.

    No Arkansas, Estado natal do ex-presidente Bill Clinton (1993-2000), o senador democrata Mark Pryor perdeu para o republicano Tom Cotton, 37, veterano das guerras do Iraque e do Afeganistão, que deve se tornar o mais jovem membro do Senado.

    Os republicanos também venceram os governos em Estados importantes como Texas, Wisconsin e Flórida, onde o voto dos latinos era considerado fundamental, entre outros dos 36 em disputa.

    Em uma campanha que priorizou as mensagens negativas e os ataques aos adversários, os dois grandes partidos americanos não conseguiram empolgar.

    Apesar da popularidade baixa do presidente Obama, por volta de 40%, os republicanos tinham pouca vantagem acima dos democratas mesmo em Estados conservadores. Vários democratas "esconderam" Obama de sua propaganda.

    CONSENSO

    A Casa Branca anunciou na noite desta terça (4) que convidou lideranças dos dois partidos para uma conversa com o presidente nesta sexta (7) –Obama tomaria a iniciativa de tentar construir consenso com a oposição, que poderá controlar Câmara dos Deputados e Senado nos dois últimos anos da gestão do presidente.

    Por vários anos, Barack Obama foi criticado por não gostar de negociar com lideranças do Congresso, nem mesmo do seu partido, e de não ter muito interesse em conversas de bastidores com outros políticos.

    Nos últimos dois anos, justamente por estar em minoria na Câmara dos Deputados, Obama não conseguiu aprovar nenhum de seus grandes projetos, de uma reforma imigratória ao aumento do salário mínimo a novas leis para o controle da venda de armas.

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