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    Senador boliviano é entrevistado por comitê de refugiados em Brasília

    GABRIEL MASCARENHAS
    DE BRASÍLIA

    06/11/2014 20h18

    O senador boliviano Roger Pinto Molina foi entrevistado nesta quinta-feira (6) no Conare (Comitê Nacional para Refugiados), órgão vinculado ao Ministério da Justiça responsável pela concessão de refúgio a estrangeiros.

    A sabatina, primeira etapa do processo de decisão sobre o pedido de refúgio, ocorre 1 ano e 2 meses depois de o parlamentar chegar ao Brasil, no final de agosto de 2013.

    Agora, cabe ao colegiado do Conare, formado por representantes de diversos ministérios, da Polícia Federal, da sociedade civil e da ONU, bater o martelo sobre a situação do senador e de sua família.

    Ao chegar no Brasil, o estrangeiro pode entrar com solicitação de refúgio junto à Polícia Federal. Imediatamente, ele recebe um autorização temporária para ficar no país, que deve ser renovada periodicamente, até o Conare dar a decisão final.

    Procurado, o conselho informou que não há prazo para decidir sobre o caso do senador boliviano. Acrescentou que, ainda assim, "esse tipo de informação não pode ser divulgada."

    Advogado de Pinto, Fernando Tibúrcio teme a politização do pedido de refúgio de seu cliente, que fazia oposição ao presidente da Bolívia, Evo Morales.

    "Recebi informações de que a situação dele pode ser decidida no dia 14. Seria pouquíssimo tempo, oito dias, para analisar o caso. Se isso ocorrer, é extremamente preocupante. A contaminação política ficou evidente, já que o processo só andou após as eleições brasileiras", disse Fernando Tibúrcio.

    Pinto fugiu da Bolívia no ano passado, depois de passar 450 dias enclausurado na embaixada brasileira de La Paz. Foi trazido até o Acre, de carro, pelo diplomata brasileiro Eduardo Saboia, que responde a um processo administrativo no Itamaraty por suposto desrespeito à hierarquia do ministério.

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