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    Fatah acusa Hamas de ser responsável por ataques contra partido em Gaza

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    07/11/2014 15h11

    O Fatah, do presidente palestino Mahmud Abbas, acusou nesta na sexta-feira (7) o seu adversário islâmico Hamas de ser responsável pelos ataques que tiveram como alvos casas e veículos de ao menos oito líderes de seu partido na Faixa de Gaza.

    A onda de ataques fez o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdala, cancelar uma viagem a Gaza.

    "O Comitê Central do Fatah condena os crimes que aconteceram nesta manhã contra seus membros e acusa o Hamas de ser responsável por eles", declarou Nasser al-Qidwa, um dos líderes do Fatah, durante uma coletiva em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

    Mohammed Abed/AFP
    Fayez Abu Eitta (E), líder do Fatah em Gaza, fala ao celular perto de carro danificado em ataque
    Fayez Abu Eitta (E), líder do Fatah em Gaza, fala ao celular perto de carro danificado em ataque

    Hussein al-Sheikh, outro membro da liderança do Fatah, disse que "não há dúvida de que o Hamas é responsável pelo que aconteceu contra os líderes do Fatah".

    O Hamas rapidamente condenou os ataques lançados antes do amanhecer. Mas, segundo Azzam al-Ahmad, chefe do Fatah encarregado da reconciliação com o grupo islâmico, "isso não exime o Hamas de assumir a total responsabilidade".

    "Desde ontem à noite havia sinais, declarações do Hamas contra o Fatah e Mahmud Abbas. A mais significativa foi a de um grupo de militantes do Hamas anunciando que acabariam com as comemorações planejadas por ocasião do décimo aniversário da morte do presidente Yasser Arafat", acrescentou.

    Uma das explosões teve como alvo um palanque montado a oeste de Gaza por ocasião do décimo aniversário da morte de Arafat, o principal fundador do Fatah, em 11 de novembro.

    Esta é a primeira vez em anos que o aniversário da morte de Arafat será relembrado publicamente em Gaza, cujo controle o Hamas assumiu após uma guerra civil com o Fatah, em 2007.

    Ao condenar a série de ataques, o número dois do Hamas, Moussa Abu Marzuq, fez um chamado à unidade entre as facções, pedindo que o primeiro-ministro palestino reconsiderasse sua decisão de cancelar a viagem ao território.

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