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    Israel autoriza a construção de 200 novas casas em Jerusalém Oriental

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    12/11/2014 16h19

    Em meio à tensão crescente entre israelenses e palestinos, autoridades de Israel aprovaram, de forma preliminar, a construção de 200 novas casas em Jerusalém Oriental.

    A decisão foi anunciada pouco antes da chegada do secretário de Estado americano, John Kerry, à vizinha Jordânia, numa missão para, justamente, tentar acalmar os ânimos na região.

    A aprovação das 200 novas casas na área de Ramot estaria no seu estágio inicial, o que significa, segundo a porta-voz do município, Brachie Sprung, que as casas levarão "anos" para serem construídas. Ela também afirmou que a construção de 174 novas casas também foi aprovada no bairro árabe.

    Mais de 200 mil judeus israelenses vivem em conjuntos como Ramot, que cercam Jerusalém Oriental. Os palestinos reivindicam esta parte da cidade como sua capital.

    A comunidade internacional não reconhece a soberania de Israel na área e se opõe à construção de assentamentos. Em setembro, os EUA já tinham publicado Israel por sua decisão de declarar 400 hectares em Etzion, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, como "terras do Estado, por instruções da cúpula política".

    MESQUITA INCENDIADA

    Mais cedo, forças de segurança palestinas acusaram colonos israelenses de incendiarem uma mesquita perto de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, na madrugada desta quarta-feira (12). Em 2012, outra mesquita fora incendiada na mesma localidade.

    Nas últimas três semanas, episódios de violência levaram a uma escalada da tensão nos dois lados. Neste período, ao menos três pessoas morreram atropeladas por palestinos em Israel, em ataques separados, e na última segunda-feira (10), um soldado israelense e uma mulher morreram esfaqueados por palestinos em dois ataques em Tel Aviv e na Cisjordânia.

    No fim de semana, um jovem árabe-israelense que tentou impedir a prisão de um amigo no norte de Israel, ameaçando os oficiais com uma faca, foi morto a tiros por policiais.

    No fim de outubro, o governo israelense fechou a Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado para o islã, após atentado contra um ativista de ultradireita por um palestino. A medida foi vista como uma "declaração de guerra" pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

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