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    Obama fará decreto que concederá vistos a imigrantes ilegais, diz jornal

    DE SÃO PAULO

    13/11/2014 16h05

    O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deverá anunciar nos próximos dias um decreto-lei que concederá vistos a cerca de 5 milhões de imigrantes estrangeiros ilegais, informou nesta quinta-feira (13) o jornal "The New York Times".

    O mandatário já havia anunciado que poderia resolver a questão com uma medida do Executivo, diante da resistência dos adversários republicanos em aprovar a reforma imigratória proposta por sua administração.

    Segundo membros do governo consultados pela publicação, a medida beneficiará pais sem documentos de crianças nascidas no país ou que têm residência oficial nos EUA, o que deve atingir cerca de 3,5 milhões de pessoas.

    O benefício também deverá ser aplicado para pais de crianças que chegaram muito pequenas ao território americano e ainda para profissionais com alta qualificação. Neste último caso, o objetivo é incrementar a indústria na fronteira sul do país, região que recebe grande contingente de latinos.

    As deportações, porém, continuarão a ser aplicadas aos imigrantes ilegais recentes, pessoas que representam uma ameaça à segurança nacional ou os indocumentados que tenham cometido crimes graves, mesmo que estes tenham filhos americanos ou com residência oficial.

    A Casa Branca ainda não comentou sobre a reportagem do "New York Times". O jornal afirma que os novos decretos devem ser anunciados dias após Obama voltar da cúpula do G20, que acontece no fim de semana na Austrália.

    REPUBLICANOS

    Em pronunciamento na última quarta (5), após a eleição de meio de mandato, o presidente disse que tomaria todas as ações legais que estiverem a seu alcance para resolver a questão, mesmo contrariando os republicanos.

    No mesmo dia, o futuro presidente do Senado, Mitch McConnell, disse que seu partido não aceitaria o decreto presidencial. Um grupo de senadores republicanos prepara uma medida para tentar derrubar a legalização.

    Para eles, isso pode azedar a relação com o presidente, em especial porque a partir de janeiro ambas as casas do Congresso serão dominadas pelos republicanos.

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