• Mundo

    Tuesday, 30-Apr-2024 22:49:08 -03

    Depoimento: Desejos caros rendiam comparações à duquesa de Alba

    NATALIA FABENI
    DE SÃO PAULO

    20/11/2014 16h48

    De menina, em Buenos Aires, lembro que, quando pedia alguma coisa muito cara para minha mãe, ela olhava para mim com um sorriso e perguntava: Quem você acha que é? A duquesa de Alba?

    Hoje descobri que no Brasil são poucos aqueles que escutaram falar o nome dela alguma vez.

    Archivo - 12.out.1947/Efe
    Duquesa de Alba no dia de seu casamento com Luis Martínez de Irujo y Artacoz na Catedral de Sevilha
    Duquesa de Alba no dia de seu casamento com Luis Martínez de Irujo y Artacoz na Catedral de Sevilha

    Para mim, Cayetana de Alba era um personagem conhecido e muito pitoresco. De fato, os jornais mais importantes da Argentina destacaram a notícia da sua morte entre os principais acontecimentos do dia.

    Lembro, há três anos, a polêmica gigante que houve quando a duquesa casou pela terceira vez com um funcionário público 26 anos mais novo e a briga dos filhos pela herança da mãe.

    Parecia uma novela e, no meu país, isso era notícia todos os dias.

    A duquesa era uma mulher famosa sobretudo, pela sua rebeldia e excentricidade. Cayetana foi uma aristocrata fora do padrão, e foi isso o que a transformou num personagem que a imprensa adorava. "Faço sempre o que eu quero", dizia para os críticos de seu estilo.

    Vamos ter saudades das aventuras da duquesa, das suas histórias diferentes, das fotos de biquíni nas praias de Ibiza ou dançando flamenco...

    Era uma mulher que aproveitava a vida, por isso eu gostava dela. Nas fotos das revistas e jornais, Cayetana sempre tinha uma expressão de alegria e eu, depois de ler as notícias que a tinham como protagonista, sempre dava um sorriso.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024