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    Primeiro-ministro do Japão dissolve Câmara baixa para antecipar eleições

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    21/11/2014 08h33

    O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, dissolveu oficialmente nesta sexta-feira (21) a Câmara baixa do Parlamento, em uma das medidas prévias às eleições legislativas, que foram antecipadas para dezembro.

    O chefe de governo anunciou o novo pleito na última terça (18), dois anos após sua posse, depois que decidiu adiar para 2017 o aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) no país.

    O tributo foi reduzido em 2012, como uma das medidas para tentar incentivar o crescimento econômico e acabar com a deflação, mas não teve resultado. Neste ano, o PIB japonês deve voltar a ter incremento negativo.

    A dissolução da Câmara baixa foi ratificada pelo imperador Akihito e lida no plenário pelo presidente do Parlamento, Bunmei Ibuki. As datas do início da campanha e o dia da votação deverão ser anunciados ainda nesta sexta.

    Em discurso, Abe disse que as eleições são uma oportunidade para que os japoneses referendem suas políticas econômicas, que consistem em grandes estímulos monetários e altos gastos públicos para fazer frente à recessão.

    Para a oposição, no entanto, a antecipação do pleito é uma forma de o primeiro-ministro evitar o desgaste de seu governo e é uma forma de oportunismo. O Partido Liberal Democrata, de Abe, contava com 295 das 480 cadeiras do Parlamento.

    As primeiras pesquisas após o anúncio mostram que o partido conservador do primeiro-ministro contará com um enorme apoio e poderá seguir com sua coalizão de governo com o partido Novo Komeito, que tinha 31 deputados.

    Durante seus dois anos de mandato, o político conservador, de 60 anos, conseguiu manter níveis de popularidade muito altos, no que se considera um período de grande estabilidade para os padrões da política japonesa.

    No entanto, medidas como a decisão de revisar a Constituição pacifista do Japão e sobretudo a recente renúncia após escândalos econômicos de dois de suas ministras minaram o apoio ao político conservador.

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