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    Relações entre Rússia e Europa não serão como antes, diz Lavrov

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    22/11/2014 08h09

    O ministro dos Assuntos Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse hoje que Moscou não se nega a cooperar com a União Europeia, mas advertiu que as relações não voltarão a ser como antes.

    "A União Europeia é nosso principal sócio coletivo. E ninguém pensa em dar um tiro no pé, em renunciar à cooperação com a Europa, mas todos compreendem que já é impossível ser como antes", disse Lavrov, segundo a agência RIA Novosti, numa reunião do Conselho de Política Exterior e de Defesa.

    Ao mesmo tempo, o chefe da diplomacia russa disse acreditar que a Rússia e a Europa superarão a crise atual e criarão uma nova base para suas relações.

    Depois que a Rússia anexou, em março, a península ucraniana da Crimeia, a União Europeia adotou uma série de sanções contra Moscou, endurecidas progressivamente depois do início da sublevação armada pró-russa no leste da Ucrânia.

    MUDANÇA DE REGIME

    De acordo com a agência de notícias Tass, na mesma reunião Lavrov acusou o Ocidente de tentar usar sanções impostas contra Moscou pela crise da Ucrânia para tentar "mudar o regime" na Rússia.

    "Em relação ao conceito por trás do uso de medidas coercitivas, o Ocidente está deixando claro que não quer forçar a Rússia a mudar de política, mas quer garantir mudança de regime", disse o ministro.

    Lavrov afirmou que, quando as sanções internacionais foram usadas contra outros países, como o Irã e a Coreia do Norte, foram designados não para ferir a economia nacional.

    "Agora, figuras públicas nos países ocidentais dizem que há uma necessidade de impor sanções que irão destruir a economia e causar protestos públicos", disse Lavrov.

    TENSÕES

    A tensão na fronteira com a Ucrânia prossegue. Neste sábado (22), o ministro ucraniano da Defesa ucraniano, Stepan Poltorak, denunciou a presença de 7.500 soldados russos no leste do país e prometeu aumentar o contingente militar.

    Ao final de julho, a UE decidiu restringir o acesso dos bancos públicos russos aos mercados de capitais europeus, criar um embargo armamentista, proibir a exportação para a Rússia de produtos que possam ter uso militar e vetar as exportações de equipamento para o setor petroleiro.

    Em resposta, a Rússia proibiu as importações de alimentos vindos dos países da União Europeia.

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