O papa Francisco conferiu o status de santo a dois indianos e quatro indianos neste domingo (23), elogiando seu compromisso "criativo" em ajudar os pobres.

Francisco canonizou uma freira mística de Kerala, um padre e reformador social indiano, o ex-bispo de Vicenza e três membros da ordem franciscana.

	Fabio Frustaci/Efe
	Fiéis indianas participam da cerimônia de canonização de Irmã Eufrásia e do fundador da ordem das carmelitas na Índia

"Sua preferência pelos menores e pelos mais pobres era o reflexo e a medida de seu amor incondicional a deus", disse Francisco, que escolheu seu próprio nome papal em homenagem ao santo de Assis, que simboliza a austeridade e o amor aos pobres.

Retratos dos novos santos estavam expostos na Basílica de São Pedro, no Vaticano, em frente à qual 5.000 católicos de Kerala e dois ministros do governo local se uniram à multidão.

A freira carmelita Irmã Eufrásia foi canonizada com Kuriakose Elias Chavara, que fundou a irmandade à qual ela pertencia. Eufrásia, canonizada seis anos depois da primeira santa mulher indiana, nasceu numa família aristocrática em 1877 e fez voto de castidade aos nove anos.

Chavaram fundou duas congregações de carmelitas na Índia, no século 19, e decretou que toda igreja deveria ter sua própria escola.

A multidão aplaudiu quando Francisco disse que os santos italianos - que fundaram lares para peregrinos, crianças de rua e enfermos - poderiam inspirar os cidadãos de hoje.

Os santos italianos foram Giovanni Antonio Farina, bispo de Vicenza no final do século 19; o missionário Ludovico da Casoria e os irmãos franciscanos Nicola da Lonobardi e Amato Ronconi.