Dois militares colombianos reféns serão libertados nesta terça-feira (25) na região de Arauca, anunciou nesta segunda-feira (24) as Farc.

A guerrilha também pediu ao Ministério da Defesa que atue com prudência para não atrapalhar a libertação de um general e de seus dois acompanhantes na zona de Chocó.

"Na madrugada de hoje (segunda-feira) foi ativado o Acordo Humanitário Especial que levará na terça-feira à liberdade os soldados profissionais Paulo César Rivera e Jonathan Andrés Díaz, a partir de um local nas savanas de Arauca", disseram as Farc em um comunicado divulgado em Havana.

"Esperamos que o Ministério da Defesa atue com prudência e bom senso para não obstruir a libertação do general Rubén Darío Alzate, do cabo José Rodríguez Contreras e de Gloria Urrego" em Chocó (oeste), disse a delegação que negocia a paz com o governo.

	Luis Eduardo Noriega/Efe
	Soldados do Exército da Colômbia em Quibdó, a caminho da região onde general foi sequestrado

A captura do general Alzate levou o presidente Juan Manuel Santos a suspender há oito dias as negociações de paz com a guerrilha em Havana, iniciadas há dois anos para tentar colocar fim ao conflito armado de meio século que já deixou 220.000 mortos e 5,3 milhões de deslocados na Colômbia.

Noruega e Cuba, países fiadores do processo de paz, anunciaram na última quarta-feira que as partes haviam acordado as condições necessárias para a libertação dos cinco reféns, e que os diálogos de paz seriam retomados após sua soltura.

"A ruidosa operação realizada pelo Exército no Rio Atrato, no esquecido e saqueado departamento de Chocó, apresentada pelo Ministério da Defesa como uma mobilização para proteger a população, é uma aventureira e arriscada pretensão de resgate do general e de seus acompanhantes", advertiu a guerrilha no comunicado, publicado no site de sua delegação.

"Além de bombardeios, desembarques e sobrevoos de inteligência técnica, ocorreram confrontos terrestres com a guerrilha", declarou.

Os soldados César Rivera e Jonathan Díaz foram capturados no último dia 9 após combates com rebeldes em Arauca, na zona fronteiriça com a Venezuela.

O presidente Santos anunciou no sábado (22) que "já recebeu as coordenadas". "Estou dando instruções para facilitar a libertação para a próxima semana".