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    Russos não estão fazendo exercícios militares no canal da Mancha, diz Otan

    DA REUTERS

    28/11/2014 14h04

    A Otan, aliança militar ocidental, negou que navios russos estivessem realizando exercícios militares no canal da Mancha, como havia informado a imprensa do país nesta sexta-feira (28).

    "Nossa informação indica que os navios estão em trânsito e atrasaram por condições meteorológicas. Eles não estão realizando exercícios no canal da Mancha, como algumas notícias russas querem nos fazer acreditar", disse o porta-voz da Otan, Jay Janzen.

    A agência de notícias estatal RIA relatou que um esquadrão de navios militares russos entrou no canal da Mancha para realização de exercícios, o que seria mais uma demonstração de força militar da Rússia desde a deterioração dos laços com o Ocidente devido à crise na Ucrânia.

    Segundo a RIA, a Frota do Norte da Rússia disse que suas embarcações, lideradas pelo navio antissubmarino Severomorsk, passaram pelo Estreito de Dover e estavam agora em águas internacionais na Baía de Seine esperando uma tempestade passar.

    "Enquanto está ancorada, a tripulação está realizando uma série de exercícios sobre como lidar [...] com a infiltração de forças submarinas e está treinando técnicas de sobrevivência em caso de alagamento ou incêndio", disse a Frota do Norte em comunicado, de acordo com a RIA.

    A Marinha russa não pôde ser contactada de imediato, e o Ministério da Defesa se negou a comentar a reportagem.

    A Marinha da França confirmou a localização dos navios e disse que não era incomum haver embarcações militares russas no canal da Mancha.

    "Eles não estão realizando exercícios. Estão apenas esperando na zona onde podem estar várias vezes por ano", disse o serviço de informação da Marinha francesa.

    A Rússia tem exibido cada vez mais seu poderio militar recentemente. Segundo a aliança militar Otan, houve um aumento nas incursões de combatentes e aviões de combate da Rússia.

    As manobras russas acontecem meses após um aumento de tensões entre Rússia e Ocidente devido à crise na Ucrânia.

    O governo russo anexou neste ano a península ucraniana da Crimeia depois da queda do presidente pró-russo Viktor Yanukovich.

    Os países ocidentais também acusam a Rússia de apoiar os rebeldes separatistas do leste da Ucrânia com armas e tropas, o que Moscou nega.

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