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    Polícia da Austrália entra em café; dois reféns e sequestrador morrem

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/12/2014 13h30

    Policiais fortemente armados invadiram um café no centro de Sydney onde o muçulmano radical Man Haron Monis, 49, mantinha reféns, pondo fim a um sequestro de mais de 16 horas na madrugada de terça-feira, 16 (tarde desta segunda-feira, 15, em Brasília).

    O porta-voz policial Andrew Scipione afirmou que a operação foi lançada no Lindt Chocolat Café, no distrito comercial de Sydney, depois de ouvir disparos vindos de dentro.

    "Eles [policiais] tomaram essa decisão por acreditarem, naquele momento, que poderia haver mais vidas perdidas se não entrassem", afirmou.

    A ação terminou com três mortos: o atirador de origem iraniana, o gerente do café, Tori Johnson, 34, e a advogada Katrina Dawson, 38.

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    As circunstâncias das mortes ainda não foram esclarecidas. Há relatos, não confirmados, de que Johnson teria tentado tirar a arma das mãos do sequestrador.

    Também houve quatro feridos —entre eles um policial atingido por um disparo no rosto.

    A brasileira Marcia Mikhael estava entre os reféns. Ela passa bem, segundo a família.

    Antes da ação das forças de segurança, ao menos dez reféns conseguiram fugir em três momentos diferentes desde o início do sequestro, às 9h45 de terça-feira (20h45 de domingo, no horário de Brasília).

    Monis ficou no radar oficial por muito tempo. No ano passado, ele foi sentenciado a 300 horas de trabalho comunitário por usar o serviço postal para enviar o que um juiz caracterizou como cartas "grosseiramente ofensivas" a famílias de soldados mortos no Afeganistão entre 2007 e 2009.

    Na época, Monis afirmou que as cartas eram "flores de conselho".

    Posteriormente ele foi acusado de ser cúmplice no assassinato de sua ex-mulher. No início deste ano, ele foi acusado de assediar sexualmente uma mulher em 2002. Ele estava solto sob fiança.

    No decorrer do sequestrou, os reféns mostraram uma bandeira islâmica, usada por jihadistas, pela janela do café, o que fez a polícia suspeitar de um ato terrorista.

    Segundo a mídia, o sequestrador chegou a pedir uma bandeira da facção Estado Islâmico por meio das redes sociais dos reféns.

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