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    Parlamento Europeu apoia reconhecimento do Estado palestino

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    17/12/2014 16h07

    O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (17) o reconhecimento do Estado palestino em uma resolução conjunta dos grandes grupos legislativos com 498 votos e favor, 111 contra e 88 abstenções.

    "(O Parlamento Europeu) apoia em princípio o reconhecimento da condição de Estado palestino e a solução de dois Estados, e acredita que ambos deveriam andar de mãos dadas com o desenvolvimento das conversas de paz, que deveriam ser levadas adiante", diz o texto.

    A resolução encoraja a chefe de diplomacia europeia, Federica Mogherini, a promover o reconhecimento palestino em toda a União Europeia (UE).

    Inicialmente, parlamentares de esquerda tinham pedido aos 28 membros da União Europeia que reconhecessem a condição de Estado palestino sem condições.

    Entretanto, o Partido Popular Europeu, de centro-direita, a maior legenda do parlamento, e o quarto maior grupo, a Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa, declararam que o reconhecimento só deveria se dar como parte de um acordo negociado com Israel.

    A manobra se segue à decisão de outubro da Suécia de reconhecer a Palestina e aos votos não-vinculantes nos parlamentos do Reino Unido, França e Irlanda a favor do reconhecimento, gestos que demonstraram a impaciência crescente da Europa com o estancamento do processo de paz.

    Alguns países europeus vêm se tornando cada vez mais explícitos na manifestação de sua frustração com Israel, que desde o fracasso das conversas mais recentes mediadas pelos Estados Unidos em abril, vem pressionando a construção de assentamentos em territórios que os palestinos desejam para seu futuro Estado.

    VIOLÊNCIA

    Os parlamentares expressaram ao mesmo tempo sua "grave preocupação" sobre a crescente violência na região, condenada nos "máximos termos possíveis".

    O Parlamento advertiu especialmente sobre os riscos de uma escalada da violência em torno dos lugares sagrados, "o que poderia transformar o conflito palestino-israelense em um conflito religioso".

    Os deputados pediram que os líderes políticos de todas as partes envolvidas trabalhem juntos por meio de ações visíveis para um esfriamento da violência.

    "Os meios não violentos e o respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário são a única forma de se conseguir uma solução duradoura e uma justa e perene paz entre israelenses e palestinos", acrescentou a resolução aprovada.

    ASSENTAMENTOS

    Por outro lado, os parlamentares aproveitaram para ressaltar que os assentamentos de colonos judeus em território palestino são ilegais sob o direito internacional, e pediram para ambas as partes evitarem qualquer ação que possa minar a viabilidade e perspectivas da solução de dois Estados.

    Eles dizem apoiar os esforços do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e do governo de coalizão nacional para se conseguir uma solução a longo prazo.

    Também pediram para todas as facções palestinas, incluído o Hamas, a aceitarem os compromissos da ANP e colocarem um fim às divisões internas.

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