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    Obama promete reação a ciberataque e diz que Sony errou ao cancelar filme

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    19/12/2014 17h15

    O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira (19) que responderá "proporcionalmente" ao ciberataque contra a Sony Pictures Entertainment em um lugar, momento e da forma que "escolhermos".

    A declaração foi feita durante sua última coletiva de imprensa do ano, depois de o FBI (polícia federal americana) ter acusado formalmente a Coreia do Norte de ter lançado o ataque.

    Segundo Obama, o ataque "causou muitos danos".

    Kevin Lamarque/Reuters
    Presidente dos EUA, Barack Obama, gesticula durante coletiva na Casa Branca, em Washington
    Presidente dos EUA, Barack Obama, gesticula durante coletiva na Casa Branca, em Washington

    Após o ciberataque, hackers ameaçaram lançar ataques terroristas, fazendo a Sony cancelar o lançamento, no Natal, do filme "A Entrevista".

    A comédia com James Franco e Seth Rogen, que retrata uma conspiração para assassinar o líder norte-coreano, Kim Jong-un, enfrentou por meses críticas da Coreia do Norte.

    Para Obama, a decisão da Sony de cancelar a estreia do longa foi um "erro", afirmando que gostaria de ter sido consultado antes pela empresa.

    "Um ditador não pode impor censura nos EUA", afirmou.

    Em uma declaração, o FBI disse ter provas suficientes para concluir que a Coreia do Norte estava por trás do ataque, que causou o vazamento de dezenas de milhares de emails e de outros materiais.

    O comunicado do FBI cita, entre outros fatores, similaridades técnicas entre a invasão da Sony e outras "atividades cibernéticas maliciosas" vinculadas diretamente à Coreia do Norte.

    Um grupo que se identificou como Guardiões da Paz assumiu a responsabilidade pela ação, que aconteceu no fim de novembro e envolveu o uso de vírus destrutivos que forçaram o estúdio a desligar toda sua rede de computação e deixaram milhares de computadores inoperantes, disse o FBI.

    Num primeiro momento, as opções de resposta dos EUA parecem limitadas. Levar os obscuros hackers à Justiça tem poucas perspectivas.

    Um ciberataque de retaliação dos EUA arriscaria uma perigosa escalada. E a Coreia do Norte já é alvo de várias sanções sobre seu programa de armas nucleares.

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