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    Brasileiro detido na Bulgária nega elo com terror, diz jornal local

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    25/12/2014 22h09

    O goiano Kaíque Luan Ribeiro Guimarães, 18, preso na semana passada na Bulgária quando estava a caminho da Turquia com dois amigos marroquinos, disse que não tem nenhuma ligação com grupos extremistas islâmicos, segundo o jornal búlgaro "Dneven Trud" relatou na última terça (23).

    Em depoimento à Justiça, Guimarães pediu para ser extraditado para a Espanha, onde vive há dez anos, de acordo com a publicação. Ele e os amigos são acusados por uma corte de Madri de receber dinheiro do Estado Islâmico.

    O rapaz disse que iria com os amigos à Grécia e a Istambul (Turquia) e que retornariam à Espanha.

    O futuro dos três será decidido pelo Tribunal Distrital de Haskovo no dia 5 de janeiro.

    FORTE E VIOLENTO

    Em entrevista à rede britânica BBC, um jornalista alemão que esteve no território comandado pela facção Estado Islâmico (EI) no Iraque disse que o grupo é mais forte, mais violento e mais difícil de enfrentar do que se imagina.

    Jüergen Todenhöefer, único estrangeiro a entrar e sair do território comandando pelo EI, passou seis dias em Mossul, segunda maior cidade iraquiana.

    Segundo ele, os militantes estão extremamente motivados e dão total apoio à brutalidade do grupo. Ele afirmou que as pessoas são instruídas a não usar roupas que "lembrem as usadas por mulheres ou homens infiéis".

    Imagens em painéis publicitários foram pintadas de preto, e as livrarias exibem panfletos e livros sobre regras religiosas, incluindo instruções sobre como tratar os escravos.

    O jornalista afirmou que, como os jihadistas estão espalhados pela cidade, os ataques aéreos dificilmente os atingem.

    Ele viu crianças combatentes carregando armas para o "califado" e recrutas do mundo todo, inclusive de países como Reino Unido, EUA, Suécia e Trinidad e Tobago. Todenhöefer contou que, "na superfície", a vida parece normal, mas que todos os cristãos e xiitas já fugiram.

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