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    Itália vai expulsar homem que tentou matar João Paulo 2º

    DA ANSA

    29/12/2014 14h32

    Um juiz de paz permitiu nesta segunda-feira (29) a expulsão do ex-terrorista turco Mehmet Ali Agca, que no sábado (27) visitou e levou flores ao túmulo do papa João Paulo 2º. Segundo fontes policiais, ele poderá deixar o país ainda nesta noite.

    Agca foi o responsável pelo ataque de 13 de maio 1981, quando acertou um tiro em no então pontífice durante a tradicional audiência geral do Vaticano.

    O turco foi preso em flagrante e condenado à prisão perpétua. Entretanto, o presidente Carlo Azeglio Campi o perdoou em 2000, e ele foi extraditado para a seu país natal, onde havia escapado da prisão pelo assassinato do jornalista Abdi Ipekçi.

    Passou mais dez anos preso na Turquia, até 18 de janeiro de 2010.

    AFP
    Mehmet Ali Agca chora ao levar flores no túmulo de João Paulo 2º, no Vaticano; turco disparou três tiros contra o então pontífice em 1981
    Mehmet Ali Agca chora ao levar flores no túmulo de João Paulo 2º, no Vaticano; turco disparou três tiros contra o então pontífice em 1981

    No último sábado, Agca voltou para a Itália para visitar o túmulo de João Paulo 2º e foi reconhecido por um policial que fazia ronda na região. Quando o militar verificou seus documentos, viu que eles não estavam regularizados —o que permitiu a abertura de um procedimento de expulsão do país.

    Um trio de advogados tentou barrar a expulsão de Agca para que ele fosse preso na Itália e prestasse depoimento sobre o desaparecimento de Emanuela Orlandi, cidadã vaticana que sumiu em 1983. O irmão dela, Pietro, disse que o turco tem informações sobre seu paradeiro.

    Numa entrevista recente, Agca afirmou que a menina sequestrada continuava viva, mas não informou seu paradeiro.

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