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    Vice dos EUA, Joe Biden pede ajuda do Brasil com Cuba

    ANDRÉIA SADI
    FLÁVIA FOREQUE
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    02/01/2015 08h58

    A presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discutiram nesta quinta-feira (1º) em Brasília formas de o Brasil ajudar no processo de reaproximação dos norte-americanos com Cuba.

    Biden acompanhou a posse de Dilma no Palácio do Planalto e se reuniu com ela por cerca de uma hora no Itamaraty, no início da noite. Integrantes do governo disseram que a intenção de Dilma é fazer uma visita de Estado aos EUA até setembro.

    A vinda de Biden ao Brasil representa mais um gesto da Casa Branca após o estremecimento causado pelas revelações de espionagem em setembro de 2013.

    Fernando Bizerra Jr./Efe
    Em encontro no dia de sua posse, Dilma Rousseff cumprimenta o vice-presidente americano Joe Biden
    Em encontro no dia de sua posse, Dilma Rousseff cumprimenta o vice-presidente americano Joe Biden

    O vice de Barack Obama é a autoridade mais graduada enviada para uma posse presidencial brasileira desde Fernando Collor –em 1990 o então vice-presidente, Dan Quayle, veio para a posse do primeiro mandatário eleito pelo voto direto após a ditadura militar (1964-1985).

    No encontro desta quinta, realizado a portas fechadas, Dilma e Biden discutiram o que pode ser feito e o papel do Brasil para auxiliar na distensão da relação com a ilha de Fidel e Raúl Castro.

    Os Estados Unidos e Cuba retomaram relações diplomáticas em dezembro após 53 anos. O acordo histórico foi mediado pelo papa Francisco e prevê reabertura de embaixadas e medidas em setores como comunicações, turismo e bancos.

    Na ocasião, o Brasil chegou a ser informado do acordo momentos antes da declaração oficial.

    Integrantes do Itamaraty afirmam que a participação de Cuba na Organização dos Estados Americanos (OEA) também foi discutida por Dilma e Joe Biden.

    Ao deixar o Itamaraty, o vice-presidente dos EUA falou rapidamente com a imprensa e demonstrou otimismo. "É um novo começo."

    Após as revelações de que foi um dos alvos da espionagem norte-americana, Dilma chegou a cancelar a visita de Estado que faria a Washington, em outubro de 2013.

    Questionado se a presidente brasileira planeja retomar a viagem, Biden respondeu: "Espero que sim".

    À noite, a Casa Branca divulgou nota sobre o encontro afirmando que Dilma e o vice-presidente dos EUA "concordaram sobre a necessidade de [os dois países] trabalharem em uma parceria equitativa para o desenvolvimento de uma agenda robusta e ambiciosa de cooperação bilateral, regional e global renovadas".

    Na tarde desta quinta (1º), Dilma deu posse ao novo chanceler brasileiro, Mauro Vieira, então embaixador do país em Washington.

    Ao lado de seu antecessor, Luiz Alberto Figueiredo, o novo titular do Ministério das Relações Exteriores acompanhou o encontro com Biden.

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