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    Palestino acusado pela morte de três israelenses pega prisão perpétua

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    06/01/2015 12h34

    Um tribunal militar israelense condenou nesta terça-feira (6) à prisão perpétua um palestino pelo sequestro e pelo assassinato de três adolescentes israelenses em junho na Cisjordânia.

    As mortes resultaram em uma série de eventos que levaram a uma guerra de 50 dias em Gaza no ano passado.

    Hussam Qawasme foi condenado também a pagar uma indenização de 250 mil shekels (R$ 170 mil) às famílias de cada uma das vítimas.

    A corte considerou que Qawasme, membro do grupo militante islâmico Hamas, planejou a captura de Eyal Yifrach, de 19 anos, e Gilad Shaer e Naftali Fraenkel, ambos de 16, que foram mortos a tiros.

    Ronen Zvulun/Reuters
    Palestino Hussam Qawasme (C), membro do Hamas, cumprimenta advogado em corte militar
    Palestino Hussam Qawasme (C), membro do Hamas, cumprimenta advogado em corte militar

    Qawasme foi preso em agosto e acusado de homicídio. Uma comissão de três juízes o condenou a três penas de prisão perpétua, referente a cada uma das vítimas, de acordo com documentos da Justiça divulgados à imprensa.

    Dois membros do Hamas suspeitos de terem executado os assassinatos dos jovens após apanhá-los quando pediam carona em uma estrada perto de um assentamento israelense morreram em uma troca de tiros com forças israelenses em seu esconderijo na Cisjordânia, em setembro.

    O clima de tensão provocado pelo assassinato dos três jovens israelenses precedeu a ofensiva lançada em 8 de junho por Israel contra o Hamas na faixa de Gaza, que causou a morte de mais de 2.000 palestinos e 67 israelenses.

    Os corpos dos jovens israelenses foram encontrados na Cisjordânia quase três semanas após o desaparecimento.

    Em um ataque por vingança em julho, um adolescente palestino, Mohammed Abu Khudair, foi capturado e incinerado em Jerusalém por três supostos agressores judeus, que foram acusados de homicídio.

    A morte de Khudair e as detenções por Israel de supostos membros do Hamas na Cisjordânia levaram a confrontos entre palestinos e policiais israelenses em Jerusalém Oriental e a ataques transfronteiriços a partir da faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, contra Israel.

    Houve uma guerra de sete semanas em Gaza entre julho e agosto, na qual, de acordo com o Ministério da Saúde Palestino, mais de 2.100 palestinos, na maioria civis, foram mortos. Sessenta e sete soldados israelenses e seis civis em Israel também foram mortos.

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