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    Presidente da Sony chama ciberataque norte-coreano de 'impiedoso'

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    06/01/2015 14h22

    O presidente da Sony, Kazuo Hirai, classificou o ciberataque atribuído à Coreia do Norte e sofrido pela empresa japonesa como "impiedoso" e "mesquinho".

    Hirai aproveitou sua visita à feira de eletrônica CES, que começa nesta terça em Las Vegas para falar pela primeira vez em público sobre o caso, que acabou gerando uma nova escalada de tensão entre Washington e Pyongyang.

    Robyn Beck/AFP
    O presidente da Sony, Kazuo Hirai, fala durante feira eletrônica CES, em Las Vegas
    O presidente da Sony, Kazuo Hirai, fala durante feira eletrônica CES, em Las Vegas

    O CASO

    Em 24 de novembro, hackers invadiram os computadores do estúdio vazando filmes e dados pessoais de celebridades e executivos da empresa.

    O ataque foi motivado por causa do filme "A Entrevista", com James Franco e Seth Rogen.

    O longa mostra a história de dois jornalistas americanos que participam de uma conspiração da CIA para matar o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

    Os prejuízos dos vazamentos podem chegar a US$ 100 milhões (R$ 270 milhões), segundo analistas.

    Depois, os mesmos hackers ameaçaram ataques a salas de cinema que estivessem exibindo "A Entrevista".

    Diante das ameaças, a Sony adiou a estreia do filme, inicialmente marcada para 25 de dezembro.

    O Serviço Secreto Americano e o presidente Obama ligaram os hackers a Pyongyang.

    CRÍTICA E RESPOSTA

    Obama criticou a Sony pelo adiamento da estreia e prometeu uma resposta à Coreia do Norte.

    Para ele, a decisão da Sony de foi um "erro". Ele também afirmou que e gostaria de ter sido consultado antes pela empresa.

    "Um ditador não pode impor censura nos EUA", disse.

    Além disso, afirmou que os EUA responderiam "proporcionalmente" ao ciberataque.

    O CEO da empresa, Michael Lynton, rebateu as críticas numa entrevista à CNN. "O presidente, a imprensa e o público estão enganados quanto ao que realmente aconteceu".

    "Nós não somos donos de cinemas. Não podemos determinar se um filme será exibido ou não", completou.

    Por fim, o filme acabou estreando no dia previsto.

    Com toda a polêmica, o filme acabou sendo um sucesso de audiência e de faturamento: faturou US$ 15 milhões (R$ 40 mi) no fim de semana de estreia.

    A Sony afirmou que o filme foi comprado ou alugado online 2 milhões de vezes em quatro dias, se tornando o maior filme da empresa de todos os tempos.

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