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    Veja cronologia com polêmicas da 'Charlie Hebdo' e ataques à publicação

    DE SÃO PAULO

    07/01/2015 11h53

    O semanário "Charlie Hedbo" sucedeu a revista "Hara-Kiri Hebdo", fechada em 1970 pelo Ministério do Interior da França após uma manchete ser considerada ofensiva ao presidente Charles de Gaulle, que acabara de morrer.

    Em 1981, a publicação fechou por problemas financeiros, mas foi relançada em 1992.

    Segundo o "Le Monde", o "Charlie Hebdo" contava com a colaboração de 20 cartunistas e 30 redatores.

    O semanário tem como slogan: "jornal irresponsável" e tiragem de cerca de 50 mil exemplares por semana.

    CRONOLOGIA

    setembro 2005

    > Jornal dinamarquês "Jyllands-Posten" publica charges do profeta Maomé consideradas ofensivas. Ação provoca atos de violência contra embaixadas da Dinamarca

    Barbara Sax - 18.ago.12/France Presse
    Cartum de Kurt Westergaard publicado em jornal dinamarquês
    Cartum de Kurt Westergaard publicado em jornal dinamarquês

    fevereiro 2006

    > "Charlie Hebdo" reproduz charges do jornal dinamarquês em protesto. Os 140 mil exemplares com as caricaturas se esgotaram rapidamente, e semanário providencia tiragens extras de 400 mil exemplares

    > Presidente Jacques Chirac critica publicação, dizendo que ela é uma "provocação que pode perigosamente exacerbar as paixões. Polícia é mobilizada para proteger sede da redação

    março 2007

    > Tribunal parisiense determina arquivamento de processo que poderia ser aberto por iniciativa de entidades muçulmanas contra o semanário "Charlie-Hebdo"

    fevereiro 2008

    > Polícia dinamarquesa anuncia prisão de três pessoas que planejavam assassinar cartunista dinamarquês responsável por charges de Maomé no "Jyllands-Posten". Jornal diz que alvo do ataque seria Kurt Westergaard, então com 73 anos

    Henning Bagger-16.mar.2010/AFP
    Foto de 16 de março de 2010 do caricaturista dinamarquês Kurt Westergaard, autor de charge do profeta Maomé
    Caricaturista dinamarquês Kurt Westergaard, autor de charge do profeta Maomé

    novembro 2011

    > Sede do "Charlie Hebdo" é alvo de bomba incendiária depois que semanário nomeia Maomé "editor-chefe" de uma edição. Diretor da publicação é mantido sob proteção policial.

    Olivier Corsan - 2.nov.2011/Efe
    Capa polêmica do semanário "Charlie Hebdo" mostra Maomé como chefe de Redação
    Capa polêmica do semanário "Charlie Hebdo" mostra Maomé como chefe de Redação

    setembro 2012

    > "Charlie Hebdo" volta publicar charges do profeta. Na capa, desenho mostrava judeu ortodoxo carregando um muçulmano numa cadeira de rodas. Ambos diziam ao leitor: "Não ria!"

    > Governo francês fecha escolas, representações diplomáticas e centros culturais em uma sexta-feira -dia tradicional de protestos em países islâmicos- em 20 países para evitar ataques

    Thomas Coex/France Presse
    Homem lê periódico francês Charlie Hebdo, em setembro de 2012
    Homem lê periódico francês Charlie Hebdo, em setembro de 2012

    janeiro 2013

    > Site do "Charlie Hebdo" fica fora do ar por algumas horas após ser atacado por hackers. No mesmo dia, publicação havia lançado uma história em quadrinhos sobre Maomé.

    janeiro 2015

    > Sede da publicação, no centro de Paris, é alvo de ataque terrorista

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