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    França debate exclusão da extrema direita em protesto contra terrorismo

    DA AFP

    09/01/2015 14h01

    Organizadores de uma grande manifestação marcada para este domingo (11), em Paris, com o objetivo de "unir a nação" contra o terrorismo na França, dizem não ser bem-vinda no evento a presença de integrantes da Frente Nacional (FN), partido de extrema direita da deputada Marine Le Pen.

    A marcha republicana, como vem sendo chamado o ato, foi convocada por associações, sindicatos e partidos políticos, a maioria oposicionista ao grupo de Marine.

    O porta-voz do Partido Socialista (PS), Carlos Da Silva, afirmou que "a Frente Nacional é a antítese do que constitui Charlie Hebdo", semanário alvo do atentado que matou 12 pessoas na última quarta (12) em Paris. "Não faria sentido que o partido estivesse presente conosco", acrescentou.

    As declarações geraram polêmica no país. Em encontro com a líder da extrema direita nesta sexta (9), o presidente socialista François Hollande disse que "todos os cidadãos podem ir à manifestação".

    Marine, porém, declarou após a reunião no palácio do Eliseu não ter ficado satisfeita. Segundo ela, Hollande não formalizou "um claro levantamento da proibição" sofrida pela Frente Nacional.

    Roberto Pratta - 30.nov.2014/Reuters
    Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, durante evento em novembro de 2014
    Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, durante evento em novembro de 2014

    O presidente do MoDem (centro-direita), François Bayrou, que também se encontrou com Hollande nesta sexta, advertiu sobre os riscos de seguir "lógicas das lideranças políticas que não estão adaptadas à situação", em vez de dar prioridade à unidade nacional.

    "Para mim, qualquer que seja a origem, a sensibilidade ou o voto dos cidadãos, devemos encorajar a coesão em vez de alimentar a divisão. Você tem que entender que há momentos na vida em que a nação tem que superar as divisões políticas ", disse.

    Os dois supostos autores do massacre na sede de Charlie Hebdo seguem cercados pela polícia francesa nesta sexta, com um refém em uma gráfica na cidade de Dammartin-en-Goële, na região de Seine-et-Marne, a 42 km de Paris.

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