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    Hackers vazaram contatos de mais de 3.000 generais do Pentágono

    DE SÃO PAULO

    13/01/2015 02h00

    Apresentações contendo mapas de áreas consideradas possíveis "cenários de guerra" para os Estados Unidos foram divulgadas nesta segunda-feira (12) durante o ataque de hackers à conta do Comando Central dos EUA no Twitter.

    Na pasta disponibilizada para download, estão documentos sobre a Coreia do Norte, a China, a região do Mar Cáspio –destacando, por exemplo, oleodutos do Irã–, a África Central e a Indonésia.

    Os papéis, no entanto, não estão identificados como documentos do governo americano. Dois deles foram produzidos pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology), e a maioria já estaria disponível em sites de outros institutos.

    Os dados mais sensíveis revelados pelos hackers seriam os telefones, e-mails e endereços de mais de 3.000 generais americanos da ativa e da reserva –entre eles, membros do alto comando das Forças Armadas.

    Num deles, é possível ter acesso aos contatos –no Pentágono– do chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general Martin Dempsey, e do general Ray Odierno, que responde pelo Exército americano.

    No caso dos generais da reserva, estão disponíveis contatos pessoais, como endereços residenciais –o que representa um risco para sua segurança. Os dados são de fevereiro de 2014.

    Há ainda documentos mostrando como cortes orçamentários poderiam afetar o Exército, e sobre a necessidade de modernização de equipamentos e de inovação da força militar.

    Ironicamente, um deles aponta a ameaça de ataques cibernéticos para justificar a busca por inovação.

    As informações, contudo, já tinham sido divulgadas em fóruns nos EUA e não eram confidenciais.

    Um documento sobre os custos dos principais sistemas de armas do Pentágono estaria disponível, inclusive, no site do Departamento de Defesa, segundo o "New York Times".

    "Eu não diria que isso é algo trivial, mas foi só um deslize", disse Alan Woodward, especialista da britânica Universidade de Surrey, à BBC. "Não foi o vazamento de algo secreto ou sensível."

    VÍDEOS

    Os hackers também invadiram a conta do Comando Central no YouTube e divulgaram dois vídeos. Um deles é o trailer do filme "Flames of War" (chamas de guerra), produzido pelo Alhayat Media Center, o braço "midiático" da facção radical Estado Islâmico.

    O outro é um vídeo que conclama os "soldados da verdade" a "varrer todas as fronteiras onde quer que a nossa guerra vá".

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