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    Premiê turco diz que Netanyahu é 'tão criminoso quanto terroristas de Paris'

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/01/2015 07h58

    O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, afirmou nesta quinta-feira (15) que seu homólogo israelense, Bynyamin Netanyahu, é tão criminoso quanto os terroristas de Paris.

    "Ao liderar um governo que faz bombardeios contra crianças que brincam na praia de Gaza, que transforma o massacre de palestinos em algo natural, que mata nossos cidadãos em águas internacionais em um navio humanitário, Netanyahu comete um crime contra a humanidade igual ao dos terroristas que realizaram o massacre de Paris", afirmou. durante coletiva de imprensa.

    Adem Altan/AFP
    O premiê turco, Ahmet Davutoglu, discursa durante encontro parlamentar em Ancara
    O premiê turco, Ahmet Davutoglu, discursa durante encontro parlamentar em Ancara

    CHARLIE HEBDO

    Davutoglu ainda atacou a nova edição do jornal "Charlie Hebdo", cuja sede foi atacada no dia 7 por dois terroristas islâmicos, Said e Chérif Kouachi. A capa da nova publicação tem uma caricatura de Maomé chorando, segurando um cartaz onde se lê "je suis Charlie", slogan de campanha em apoio ao semanário sob a frase "tout est pardonné" (tudo está perdoado"), em referência ao atentado.

    "A publicação da caricatura é uma grave provocação (...) liberdade de imprensa não significa liberdade de insultar", disse. "Não podemos aceitar os insultos ao profeta Maomé", completou.

    A Turquia foi o único país muçulmano a publicar charges do periódico. Ainda assim, apenas o jornal "Cumhuriyet", de Istambul, publicou algumas das charges do "Charlie Hebdo". A publicação turca ofereceu a seus leitores quatro páginas de charges e textos do semanário satírico francês.

    Segundo o periódico, a intenção inicial era exibir a edição integral, incluindo a capa com a caricatura de Maomé, mas que a mudança aconteceu após uma reunião de editores. Mesmo assim, dois colunistas publicaram o desenho em seus espaços.

    O "Cumhuriyet" informou que, durante a madrugada, policiais pararam caminhões que deixavam a gráfica da publicação, em Istambul, para ver o conteúdo do jornal e que os agentes só liberaram a edição após ver que não havia a caricatura de Maomé.

    Na cidade de Diyarbakir, no oeste do país, um tribunal proibiu na quarta (14) o acesso a sites que mostrem a capa do jornal satírico francês em todo o território nacional.

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