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    Terrorista de supermercado judaico passou três dias em Madri, diz jornal

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/01/2015 09h50

    Amedy Coulibaly, responsável pela tomada de reféns num supermercado kosher parisiense, onde matou quatro pessoas, e pela morte da policial Clarissa Jean-Philippe num tiroteio em Montrouge, subúrbio da capital francesa, passou três dias em Madri, afirma o jornal espanhol "La Vanguardia".

    A estada do terrorista na capital espanhola teria acontecido entre 30 de dezembro e 2 de janeiro.

    Ainda segundo o jornal, as autoridades espanholas investigam se existe na Espanha uma célula de apoio ao terrorismo.

    Reprodução
    Amedy Coulibaly, em vídeo em que diz ser do EI e que coordenou atos com irmãos Kouachi
    Amedy Coulibaly, em vídeo em que diz ser do EI e que coordenou atos com irmãos Kouachi

    Já se sabia que Hayat Boumeddiene, companheira de Coulibaly, havia estado na cidade. Ela chegou a Istambul em 2 de janeiro num voo procedente de Madri e teria entrado na Síria em 8 de janeiro.

    Os serviços antiterroristas espanhóis investigam com seus homólogos franceses as atividades do jihadista na Espanha, a fim de determinar se há no país uma célula de apoio aos terroristas.

    Segundo as autoridades espanholas, cerca de 70 combatentes islamitas que viajaram a zonas de conflito a partir da Espanha voltaram em 2014.

    O ministro do Interior, Jorge Fernández Días, declarou recentemente que mais dez haviam retornado ao país já em 2015.

    Coulibaly, que morreu após a invasão da polícia francesa ao supermercado, declarou num vídeo publicado após sua morte que agiu de maneira sincronizada com os irmãos Chérif e Said Kouachi, responsáveis pelo atentado ao jornal satírico "Charlie Hebdo", no qual 12 pessoas morreram.

    Na gravação, ele também afirma ter laços com a milícia radical Estado Islâmico.

    Os irmãos também foram mortos por forças de segurança francesas depois de se entrincheirarem numa gráfica em Dammartin-en-Goële, a noroeste de Paris.

    Eles alegaram pertencer à Al Qaeda no Iêmen, braço da organização terrorista no país.

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