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    Polícia da Bélgica mata dois durante tiroteio em operação antiterrorista

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/01/2015 16h06

    As forças de segurança belgas mataram dois suspeitos de terrorismo vinculados à Síria durante um tiroteio em uma operação antiterrorista em Verviers, no leste da Bélgica, na quinta-feira (15).

    Segundo autoridades belgas, um homem também foi preso na ação, que fez parte de ao menos outras dez batidas policiais na cidade e na região de Bruxelas.

    Todos os três eram cidadãos da Bélgica, que tem uma das maiores concentrações de islamitas europeus lutando na Síria.

    A ofensiva, disseram as autoridades, frustrou um grande ataque que seria lançado contra prédios da polícia em "horas ou dias". O alerta terrorista belga foi elevado para 4, o segundo nível mais alto.

    Bruno Fahy/AFP
    Carros e furgões da polícia são vistos estacionados no centro da cidade de Verviers
    Carros e furgões da polícia são vistos estacionados no centro da cidade de Verviers

    "Por vários minutos, os suspeitos abriram fogo com armamento militar e revólveres contra as unidades especiais da polícia antes de serem neutralizados", afirmou Eric Van der Sypt, da Procuradoria Federal, durante coletiva em Bruxelas.

    Testemunhas descreveram ter ouvido disparos em um prédio em uma rua residencial perto da estação de trem da ex-cidade industrial, que fica entre Liège e a fronteira alemã e a cerca de 125 km de Bruxelas. Verviers tem uma ampla população imigrante.

    De acordo com uma autoridade de contraterrorismo belga citada pela rede de TV americana CNN, o grupo alvo da operação teria sido instruído pelo Estado Islâmico a lançar ataques na Bélgica e na Europa em represália aos ataques aéreos liderados pelos EUA contra a facção radical na Síria e no Iraque.

    A ofensiva na Bélgica ocorre em meio a uma caçada internacional por possíveis cúmplices dos três terroristas que deixaram 17 mortos na França na semana passada.

    Os irmãos Said e Chérif Kouachi, que mataram 12 pessoas na Redação do jornal satírico "Charlie Hebdo", e Amedy Coulibaly, que matou quatro reféns judeus em um mercado kosher, foram mortos pela polícia francesa há uma semana.

    Os atos terroristas aumentaram os temores de que a Europa possa ser alvo de novos atentados.

    Segundo Sypt, porém, não há por enquanto conexões entre a ofensiva belga e os ataques na França, afirmando que a ação desta quinta-feira faz parte de uma investigação que ocorre há semanas sobre extremistas que retornam da Síria. "Ainda esperamos várias prisões", afirmou.

    Mais cedo na quinta, promotores disseram que investigam os possíveis vínculos entre um homem preso por tráfico ilegal de armas no sul da Bélgica e Coulibaly, autor do ataque ao mercado kosher e suspeito pela morte de uma policial no dia 8. "Até agora, esse é a única relação que temos com o que aconteceu em Paris", disse Sypt. "Mas obviamente continuaremos investigando", acrescentou.

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