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    Ao menos 12 são detidos em Paris por suposta relação com atentados

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    16/01/2015 06h33

    Ao menos doze pessoas foram detidas entre a noite de quinta (15) e madrugada desta sexta-feira (16) na região de Paris como parte das investigações sobre os atentados terroristas da semana passada na capital francesa, indicou uma fonte judicial.

    Os detidos serão interrogados sobre o possível apoio logístico que podem ter fornecido aos criminosos, com armas e veículos, disse a fonte.

    Oito pessoas foram colocadas em prisão preventiva, afirmou uma fonte da polícia.

    BÉLGICA

    Uma megaoperação da polícia belga deteve na quinta-feira (15) 15 pessoas -13 na Bélgica e mais duas na França- em ao menos dez batidas policiais numa operação antiterrorista que tem como objetivo desmantelar um grupo que estaria em vias de cometer atentados para matar policiais, anunciou a promotoria federal.

    Acredita-se que alguns deles tenham regressado da Síria, após combater nas fileiras de grupos jihadistas.

    O órgão indicou ainda, durante coletiva de imprensa, que pedirá a extradição dos que foram detidos na França, mas que não há relação entre o caso e os atentados de Paris.

    Também na quinta, um tiroteio acabou com dois suspeitos mortos na cidade de Verviers, perto da fronteira com a Alemanha. Um outro homem foi detido na ação, que fazia parte da megaoperação.

    ALEMANHA

    A polícia alemã prendeu em Berlim dois cidadãos turcos, supostamente ligados à organização terrorista Estado Islâmico (EI), que são suspeitos de terem cometido um atentado na Síria, informou nesta sexta-feira (16) uma fonte policial.

    A polícia relatou, no entanto, que não há indícios de que os dois detidos estivessem planejando um atentado na Alemanha.

    Os dois detidos têm 41 e 43 anos e há outras três pessoas de seu círculo social que também estão sendo investigadas.

    A prisão aconteceu durante uma operação na qual 250 policiais fizeram batidas em 11 imóveis, a maioria deles nos bairros de Moabit e Wedding, que contam grande percentual de muçulmanos.

    A polícia alemã também fez outra detenção ontem à noite, em Wolfsburg, no norte do país, de um suposto membro do Estado Islâmico (EI).

    O homem, um alemão de origem tunisiana, teria recebido treinamento militar na Síria entre maio e agosto de 2014.

    ATENTADOS DE PARIS

    O terror tomou conta da França na última semana. Em 7 de janeiro, os irmãos Chérif e Said Kouachi invadiram a sede do jornal "Charlie Hebdo", em Paris, e mataram 12 pessoas, entre elas oito jornalistas e dois policiais.

    No dia seguinte, em Montrouge, subúrbio parisiense, a policial Clarissa Jean-Phillipe foi morta por Amedy Coulibaly, outro jihadista. Ele reivindicou a morte num vídeo. Na gravação, ainda afirmava ter laços com a milícia radical Estado Islâmico.

    No dia 9, Coulibaly fez reféns num supermercado judaico na capital, matando quatro deles.

    Tanto os irmãos Kouachi quanto Coulibaly foram mortos quando a polícia interveio, invadindo os locais onde se entrincheiravam. Os irmãos numa gráfica em Dammartin-em-Goële, a noroeste de Paris, e Coulibaly no próprio supermercado kosher. Eles dizem ter feito o ataque a mando da Al Qaeda no Iêmen, braço da rede terrorista na Península Arábica

    Nesta semana, o presidente François Hollande anunciou que 10 mil ficariam encarregados de proteger 'locais sensíveis', e outros 5.000, a comunidade judaica.

    No domingo, 3,7 milhões foram às ruas em várias cidades francesas homenagear os 17 mortos, saldo dos ataques.

    Na marcha, havia chefes de Estado, autoridades religiosas e de outras organizações supranacionais. Foi o maior protesto da história do país.

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