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    Líder do movimento anti-islã alemão Pegida publica foto imitando Hitler

    DA EFE

    21/01/2015 08h43

    O líder do movimento islamofóbico alemão Pegida (acrônimo em alemão para Patriotas Europeus Contra a Islamização do Ocidente), Lutz Bachmann, postou uma foto imitando Adolf Hitler em seu Facebook.

    O jornal alemão "Bild" reproduz nesta terça-feira (21) em sua primeira página a foto, na qual Bachmann aparece com bigode e penteado típicos do ditador nazista. Além disso, também imita a pose de Hitler. A legenda da foto é "ele está de volta".

    Reprodução/Facebook
    Lutz Bachmann, líder do Pegida, grupo anti-islã alemão, imita Hitler em postagem no Facebook
    Lutz Bachmann, líder do Pegida, grupo anti-islã alemão, imita Hitler em postagem no Facebook

    Em declarações ao mesmo periódico, Bachmann alegou que tudo não passou de uma brincadeira feita por causa de um livro de Timur Vermes, lançado em 2011, cujo título é "Ele Está de Volta".

    Na obra satírica, o autor trata de uma volta de Hitler, que se depara com uma Alemanha cheia de imigrantes e governada por uma mulher, Angela Merkel.

    O "Bild" também publicou uma frase postada pelo líder do Pegida.

    Nela, ele chama os imigrantes solicitantes de asilo de "gado" e afirma que, em vez deles, os trabalhadores alemães beneficiários de serviços sociais é que têm de ser protegidos.

    A frase e a foto de Bachmann podem prejudicar as intenções do Pegida de se apresentar como um movimento moderado que atende às demandas de cidadãos comuns e de se afastar do espectro e do estigma de neonazista.

    O Pegida tem levado milhares de pessoas a passeatas nas quais denuncia a "islamização do ocidente". Forte em Dresden (no leste da Alemanha), o grupo chegou a reunir 25 mil pessoas numa manifestação na cidade.

    Entretanto, protestos contra o movimento também têm sido fortes no país.

    A chanceler Angela Merkel chegou a participar de um deles, em Berlim.

    Personalidades alemãs –de ex-jogadores de futebol a ex-ministros– também criticaram o movimento anti-islã.

    O Pegida cancelou uma manifestação marcada para segunda (19) depois de o próprio Bachmann ter sofrido ameaças de morte.

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