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    Chanceler russo diz que EUA querem 'dominar o mundo'

    DA EFE

    21/01/2015 10h25

    O chanceler russo, Serguei Lavrov, disse nesta quarta-feira (21) que os Estados Unidos querem "dominar o mundo".

    "O discurso de ontem do presidente [Barack Obama, sobre o estado da União] demonstra que o centro da filosofia americana é 'somos o número um' e todos devem respeitar isso", disse Lavrov numa coletiva de imprensa.

    Ele acrescentou que a Rússia "não quer" e "não permitirá" uma nova guerra fria, e assegurou que Moscou prefere que todos os países do mundo adotem uma filosofia de cooperação.

    UCRÂNIA

    Lavrov também rechaçou acusações de Kiev e do Ocidente de que a Rússia teria tropas na Ucrânia.

    "Ninguém pode provar isso, ou não querem fazê-lo, Assim como não podem apresentar provas -supostamente nas mãos de ucranianos e americanos-sobre o que aconteceu com o Boing malasiano em julho do ano passado", disse.

    Ele faz referência ao avião da Malaysia Airlines que foi abatido no leste ucraniano em julho de 2014.

    Kiev acusa separatistas pró-Rússia do leste ucraniano de terem disparado o míssil que derrubou a aeronave.

    O chefe da diplomacia russa ainda afirmou que antes que o Ocidente peça à Rússia para que deixe de fazer algo, deve primeiro provar que o país está de fato fazendo o que é acusada, em alusão aos pedidos para que o país retire tropas do leste da Ucrânia – Moscou nega que seu Exército esteja na região.

    Lavrov viaja nesta quarta para Berlim, onde tratará com seus homólogos da Ucrânia, da Alemanha e da França sobre o conflito no leste ucraniano.

    Ele afirma que exigirá que seus colegas pressionem autoridades ucranianas para que estas não permitam que o conflito se deteriore outra vez.

    "Insistiremos num cessar-fogo imediato. Será nossa principal prioridade na reunião de hoje que a França e a Alemanha peçam às autoridades da Ucrânia que estas evitem um cenário militar", afirmou.

    O chanceler também pediu que Kiev e os rebeldes pró-Rússia priorizem a segurança dos civis da região aos conflitos.

    Segundo a ONU, quase 5.000 pessoas já morreram desde o início dos conflitos no leste da Ucrânia, em abril de 2014.

    À época, Kiev enviou tropas para sufocar uma sublevação separatista, que se deu após a deposição do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich.

    Yanukovich era simpático a Moscou e a região leste da Ucrânia tem maioria de russos étnicos, que não veem com bons olhos a aproximação com a União Europeia defendida pelo novo governo de Kiev, do presidente Petro Porochenko.

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