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    Filhos do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak saem da prisão

    DA EFE

    23/01/2015 01h22

    Os filhos do ex-ditador Hosni Mubarak, Alaa e Gamal, saíram nesta sexta-feira (23) da prisão de Tora, no Cairo, capital do Egito, horas depois que a Justiça decidiu libertá-los, informaram à agência Efe fontes de segurança.

    As fontes explicaram que a polícia interrompeu o trânsito para facilitar a passagem do veículo que transportava os filhos de Mubarak.

    No entanto, não especificaram o destino de Alaa e Gamal, que estavam presos desde 2011, quando explodiu uma revolta popular que forçou a renúncia de seu pai.

    O Tribunal Penal do Cairo decidiu hoje a libertação de Alaa e Gamal, que estavam presos à espera da repetição de seu julgamento por suposta apropriação indevida de recursos públicos.

    Fontes jurídicas informaram à Efe que a decisão responde a um pedido realizado pelo advogado de Alaa e Gamal, Farid al Dib, e que a corte exigiu que a localização de ambos seja informada à Justiça o tempo todo.

    Além disso, a medida foi adotada porque os filhos de Mubarak já cumpriram o período máximo de prisão preventiva, que no Egito é de 18 meses.

    Ahmed El-Malky/AFP
    Hosni Mubarak (C) e seus filhos Alaa (D) e Gamal, durante julgamento
    Hosni Mubarak (C) e seus filhos Alaa (D) e Gamal, durante julgamento

    Dib pediu a libertação de ambos depois que o Tribunal de Cassação anulou, no dia 13 de janeiro, a última condenação de Mubarak e seus filhos, de três e quatro anos de prisão, respectivamente, pelo caso de desvio de recursos públicos.

    Por sua vez, o procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, anunciou hoje que não recorrerá da decisão do Tribunal Penal de libertar Alaa e Gamal Mubarak.

    Segundo a agência estatal de notícias Mena, Barakat garantiu que está "com as mãos completamente atadas" e não pode tomar nenhuma ação contra os acusados no caso, já que não há nenhum mecanismo com o qual se possa recorrer da decisão.

    Por enquanto, não se sabe se Mubarak também será libertado. O ex-presidente egípcio foi deposto no dia 11 de fevereiro de 2011, e atualmente está em prisão domiciliar em um hospital militar do Cairo.

    O Tribunal de Cassação do Egito determinou a repetição do julgamento no caso em que a família Mubarak é acusada da apropriação indevida de 125 milhões de libras egípcias (US$ 17 milhões), atribuídos ao orçamento dos palácios presidenciais.

    Quando foi divulgada essa decisão, o advogado já tinha dito que seus clientes tinham que ser libertados imediatamente, mas o Ministério do Interior informou que eles permaneceriam detidos até uma decisão da Procuradoria Geral ou do novo júri encarregado de repetir o julgamento.

    No dia 29 de novembro, outro tribunal absolveu Mubarak e seus filhos de dois casos de corrupção vinculados à venda irregular de gás para Israel (por falta de provas) e à aquisição de cinco mansões na cidade de Sharm el-Sheikh (pela prescrição do crime).

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