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    Líder separatista ucraniano anuncia ofensiva contra Mariupol

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    24/01/2015 13h41

    O líder da autoproclamada república de Donetsk (no leste da Ucrânia), Alexander Zakharchenko, anunciou neste sábado (24) que lançou uma ofensiva para tomar o estratégico porto de Mariupol, controlado por Kiev e alvo de bombardeios que mataram pelo menos 29 civis.

    "A ofensiva contra Mariupol começou hoje [sábado]. Vai ser a melhor homenagem a todas as vítimas", disse o separatista pró-Rússia Zakharchenko, citado pela agência pública russa Ria Novosti, durante uma cerimônia em Donetsk.

    O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, prometeu proteger o território de seu país e disse que vai convocar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança neste domingo (25). "Nós somos pela paz, mas aceitamos o desafio do inimigo e vamos proteger a pátria-mãe", disse o presidente, em comunicado.

    A chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, condenou o ataque a Mariupol e exortou Moscou a conter os líderes rebeldes. "Convoco abertamente a Rússia a exercer sua considerável influência sobre os líderes separatistas e a suspender qualquer forma de apoio militar, político ou financeiro", declarou Mogherini.

    Desde o ano passado, após a derrubada do presidente pró-Rússia Viktor Yanukovich, vêm sendo travados combates no leste da Ucrânia entre as forças do governo de Kiev e os rebeldes, apoiados por forças russas –o que Moscou, oficialmente, nega.

    Sergey Vaganov/Efe
    Edifício pega fogo após bombardeios em Mariupol, cidade do leste ucraniano
    Construção pega fogo após bombardeios em Mariupol, cidade do leste ucraniano controlada por Kiev

    BOMBARDEIOS

    Pelo menos 29 civis morreram neste sábado (24) em bombardeios com lançadores múltiplos de foguetes Grad em Mariupol, última grande cidade do leste separatista pró-russo controlada por Kiev, anunciou o chefe da polícia regional.

    "Pessoas foram mortas em bombardeios rebeldes em Mariupol", escreveu Vyacheslav Abroskine, chefe de polícia da região de Donetsk em sua página no Facebook.

    O Exército ucraniano declarou, por sua vez, que trata-se de "disparos rebeldes com lançadores múltiplos de foguetes Grad, nos arredores de Mariupol" e que casas foram destruídas.

    "As paredes e as janelas tremiam, e até a tinta da casa chegou a descascar", descreveu o aposentado Leonid Vasilenko, 76, morador da região leste da cidade, à agência Reuters, por telefone. "Tive de me esconder no porão. O que mais poderia fazer?", indagou.

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