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    Ao condenar assassinato, Obama confirma morte de japonês pelo EI

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    24/01/2015 21h07

    Ao condenar o "assassinato brutal" do cidadão japonês Haruna Yukawa, 42, pela facção radical Estado Islâmico (EI), o presidente dos EUA, Barack Obama, acabou confirmando a morte -até então não dada como certa pelo governo do Japão.

    Até as 21h (hora de Brasília), autoridades do país asiático diziam estar investigando a autenticidade de um vídeo atribuído ao EI, no qual um dos dois reféns japoneses segura uma fotografia na qual apareceria o outro homem decapitado.

    O vídeo foi postado em um site ligado à milícia islâmica e rapidamente apagado.

    AFP - SITE inteligence group
    Imagem divulgada pela página da organização SITE, que monitora ameaças jihadistas, mostra reprodução do vídeo em que Goto segura uma foto em que apareceria Yukawa decapitado
    Imagem divulgada pela página da organização SITE, que monitora ameaças jihadistas, mostra reprodução do vídeo em que Goto segura uma foto em que apareceria Yukawa decapitado

    Em nota, Obama disse que "os EUA condenam o assassinato brutal do cidadão japonês Haruna Yukawa pelo grupo terrorista ISIL [sigla usada por Washington para o EI]", mas não deu detalhes de como confirmou a morte do refém.

    Na manhã deste domingo (noite de sábado no Brasil), o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, chegou a "condenar este ato", sem confirmar que Yukawa foi assassinado. "Um ato de terrorismo como esse é ultrajante e inadmissível", disse.

    Visivelmente abatido, ele exigiu que o outro refém, o jornalista Kenji Goto, 47, seja "imediatamente libertado".

    Nesta sexta-feira (23), acabou o prazo de 72 horas que o grupo radical deu ao governo japonês para que pagasse US$ 200 milhões e evitasse a execução dos dois reféns.

    O valor é o mesmo oferecido na semana passada pelo premiê japonês aos rebeldes sírios e ao governo do Iraque para ajudar no combate à milícia. Tóquio se recusou a pagar o resgate.

    ANOMALIAS

    Especialistas disseram à TV NHK que o vídeo apresenta várias "anomalias", como cenário diferente do habitual e ausência de símbolos do EI ou referências religiosas.

    Na gravação, Goto aparece dizendo que o EI quer, em troca de sua liberdade, que seja solta Sajida al-Rishawi, uma mulher-bomba que, em nome da al-Qaeda no Iraque, tentou atacar em 2005 um hotel na Jordânia -país onde está presa.

    Em um site afiliado ao EI, militantes questionaram a veracidade do vídeo. A gravação teria sido enviada à mulher de Goto, segundo a agência Kyodo News.

    Goto é um conhecido jornalista freelancer que trabalhava na Síria, e Yukawa teria viajado ao território sírio para montar uma empresa de segurança, onde acabou se unindo a um grupo rebelde rival do Estado Islâmico.

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