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    Vingando-se do EI, milícia yazidi mata 25 civis árabes no Iraque

    DA EFE

    27/01/2015 15h35

    Um grupo armado formado por combatentes da minoria yazidi e curdos sírios matou ao menos 25 civis árabes na periferia de Rabia, cidade no nordeste do Iraque e fronteiriça com a Síria.

    As informações são do integrante do Conselho provincial de Níneve, Hozam al-Abar, explicou à agência EFE que o grupo lançou uma série de ataques na noite de segunda-feira (27) contra quatro aldeias árabes que pertencem a Rabia.

    Al-Abar acrescentou que os ataques parecem uma vingança pela perseguição e pelos massacres sofridos pela minoria nas mãos da milícia radical Estado Islâmico (EI).

    Massoud Mohammed/Reuters
    Combatentes curdas próximas à cidade de Rabia em 20 de dezembro de 2014
    Combatentes curdas próximas à cidade de Rabia em 20 de dezembro de 2014

    As 25 vítimas são árabes e pertencem aos clãs tribais Al Yahish, a quem os yazidis -que têm etnia curda– acusam de simpatia ao EI.

    Nas ofensivas, foram também sequestradas 27 pessoas -muitas delas mulheres–, posteriormente libertadas pelo governo do Curdistão iraquiano.

    As aldeias afetadas foram Al Yarua, Al Sayer, Hasuka e Sibaya, onde os agressores incendiaram casas e gado.

    Cerca de 1.200 famílias tiveram de deixar o local sob a ameaça das armas.

    O governo do Curdistão iraquiano formou uma comissão para investigar o episódio e, além disso, enviou a Rabia um batalhão de forças peshmergas -curdos iraquianos– para proteger a população local das milícias yazidi.

    Árabes e yazidis já haviam protagonizado tensões há algumas semanas, mas até agora não havia ocorrido ataques contra civis por parte dos segundos.

    Os yazidis começaram a ser perseguidos pelo Estado Islâmico em junho passado, quando os extremistas passaram a controlar a maior parte do norte do Iraque, expulsando, matando ou sequestrando os seguidores a minoria, considerada por eles "infiéis" –assim como todos que não seguem o islã.

    Alguns se refugiaram no Monte Sinjar, onde ficaram por meses até forças curdas romperem o cerco dos jihadistas e libertá-los.

    Há poucos dias, cerca de 200 yazidis que haviam sido sequestrados pelo EI foram libertados após receberem um "indulto" do autoproclamado califa do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi.

    Alguns dos sobreviventes alegaram ter sido extremamente mal tratados pela milícia.

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