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    Kremlin confirma visita do chefe de Estado da Coreia do Norte à Rússia

    DA EFE

    28/01/2015 04h38

    A Coreia do Norte confirmou a visita do chefe de Estado, possivelmente Kim Jong-un, a Moscou no próximo mês de maio, informou nesta quarta-feira (28) o Kremlin à imprensa sul-coreana, o que seria a primeira viagem do "líder supremo" ao exterior desde que assumiu o poder há três anos.

    Os chefes de Estado da Coreia do Norte e de outros 19 países confirmaram sua presença nas comemorações do 70º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, que acontecem em maio, informou um porta-voz do governo russo por e-mail à agência sul-coreana Yonhap.

    O porta-voz do Kremlin, no entanto, não mencionou especificamente o nome de Kim Jong-un na lista de presentes, o que gera dúvidas sobre a presença do mesmo, já que na Coreia do Norte existe o cargo de chefe de Estado honorário que corresponde ao presidente do parlamento, Kim Yong-nam.

    Em todo caso, acredita-se que será o jovem líder quem comparecerá às comemorações em Moscou, já que o presidente russo, Vladimir Putin, lhe fez pessoalmente um convite em dezembro.

    Caso aconteça, a visita será muito significativa, pois o ditador da Coreia do Norte nunca realizou uma viagem oficial ao exterior nem se reuniu com chefes de Estado desde que assumiu o poder em dezembro de 2011, após a morte de seu pai, Kim Jong-il.

    Especialistas consideram que sua possível viagem a Moscou seria mais um sinal da aproximação entre a Coreia do Norte e a Rússia, que nos últimos meses aproximaram suas posições com vários acordos para iniciativas conjuntas, entre eles um ambicioso projeto ferroviário.

    O considerado número 3 do regime norte-coreano, Choe Ryong-hae, esteve na Rússia em novembro, onde se reuniu com o presidente Putin e ambos reforçaram a necessidade de aumentar ainda mais a cooperação entre os dois países.

    Os analistas também apontam que a visita de Kim poderia, no entanto, incomodar a China, histórico aliado e principal parceiro econômico do regime norte-coreano,

    Em contraste com a aproximação com a Rússia, as relações da Coreia do Norte com a China esfriaram desde que o regime de Pyongyang realizou seu terceiro teste nuclear no início de 2013.

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