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    Há menos de cem casos de ebola em uma semana pela 1ª vez desde junho

    DA EFE

    29/01/2015 08h15

    Pela primeira vez desde o fim de junho, houve menos de cem casos confirmados de ebola em uma semana nos três países mais afetados pela epidemia, Guiné, Libéria e Serra Leoa, segundo a última avaliação da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgada nesta quinta-feira (29).

    A incidência dos casos caiu na Libéria e em Serra Leoa. Guiné, por sua vez, registrou 30 casos confirmados da doença na semana terminada em 25 de janeiro, dez a mais que na anterior.

    Baz Ratner - 21.dez.2014/Reuters
    Homens carregam corpo de pessoa infectada com ebola em Serra Leoa em 21 de dezembro de 2014
    Homens carregam corpo de pessoa infectada com ebola em Serra Leoa em 21 de dezembro de 2014

    Apesar das quedas, um aspecto que ainda preocupa é o fato de que, em média, conheça-se apenas a metade das cadeias de transmissão (o caminho do vírus, da fonte de infecção ao infectado) dos novos casos.

    Concretamente, na semana finalizada em 18 de janeiro, apenas seis dos 20 novos casos em Guiné (30%) seguiram cadeias de transmissão conhecidas.

    Na semana seguinte, dois dos quatro novos casos na Libéria (50%) foram de contatos conhecidos. Não há dados sobre Serra Leoa.

    Atualmente, a taxa de mortalidade se situa entre 54% e 62% nos três países. Nesse aspecto, não houve melhora nos últimos meses.

    Ao todo, desde a emergência da epidemia, houve 22.092 casos (entre confirmados, suspeitos e prováveis) de ebola, 8.810 dos quais foram fatais. Entre profissionais da saúde, os números são de 816 infecções e 488 mortes.

    Apesar da diminuição nos casos, a epidemia de ebola ainda não foi erradicada, advertiu nesta quinta-feira (29) o coordenador especial da ONU para a luta contra a doença, o britânico David Nabarro, presente na cúpula da União Africana que tratará do tema.

    "A quantidade de casos cai semana a semana e tende a zero, mas a enfermidade ainda está presente em um terço dos territórios dos três países mais afetados", disse, referindo-se a Guiné, Libéria e Serra Leoa.

    "Ainda temos surtos ocasionais e surpresas com novos casos, o que significa que devemos continuar com nosso esforço da forma mais intensa", completou.

    Nabarro disse ainda que se preocupa com a chegada da temporada de chuvas e exortou a instalação de uma rede de atores locais para facilitar o combate ao vírus antes que as precipitações dificultem o acesso a algumas zonas.

    "O Centro Africano de Controle de Doenças que a União Africana decidiu criar em 2015 permitirá uma reação mais rápida em caso de uma nova epidemia", estimou Nabarro ao comentar os aprendizados extraídos do surto atual, o maior da história do vírus.

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