Novos enfrentamentos entre o Exército egípcio e jihadistas deixaram mais dois mortos nesta sexta-feira (30) na península egípcia do Sinai (no leste do país), um dia depois de ataques terroristas matarem 30 pessoas na região

Dada a gravidade da situação, o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, encurtou sua visita à Adis Abeba, capital da Etiópia, onde acontece a cúpula da União Africana, para voltar a seu país.

As vítimas desta sexta são um bebê e uma criança. O primeiro morreu depois que uma bala o atingiu na cabeça, enquanto o segundo perdeu a vida por causa do impacto de um foguete, afirmaram autoridades de saúde locais.

	Reprodução/Al-Ahram
	Carros queimam após ataques que atingiram base militar, hotel e postos de controle no Sinai

Além disso, um menino de 12 anos e uma outra pessoa ficaram feridos após serem baleados.

As Forças Armadas do Egito empreendem uma campanha militar para conter insurgentes há mais de um ano na região.

Desde que o Exército derrubou o presidente islãmico Mohammed Mursi, em julho de 2013, os jihadistas multiplicaram suas ações contra a polícia e as Forças Armadas dentro do território egípcio.

Eles alegam atuar em represália pela forte repressão contra os partidários de Mursi, que já matou mais de 1.400 pessoas, além de prender outras 15 mil e condenar outras centenas à morte em expedientes judiciais.

Os EUA, aliados de Sisi, condenaram os ataques.

"Os EUA continuam apoiando de maneira inquebrável os esforços do governo egípcio para combater a ameaça terrorista, no marco do nosso compromisso permanente com a associação estratégica que liga nossos países", disse o Departamento de Estado americano.

O Irã também condenou os atentados e realçou a necessidade de que os países da região cooperem contra o extremismo e o terrorismo.