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    Biografia diz que príncipe Charles quase cancelou casamento com Diana

    LEANDRO COLON
    DE LONDRES

    06/02/2015 17h12

    O príncipe Charles quase cancelou em cima da hora o casamento com a princesa Diana, e sua mãe, a rainha Elizabeth 2ª, acredita que o Reino Unido não está pronto para tê-lo no trono.

    É o que diz o livro "Charles, The Heart of a King (Charles, o Coração de um Rei)", que chegou na quinta-feira (5) às livrarias britânicas.

    A obra foi escrita pela jornalista americana Catherine Mayer, ex-diretora da revista "Time" em Londres.

    Além de uma entrevista com Charles, 66, cujos trechos haviam sido publicados na revista, ela afirma ter tido acesso a assessores do palácio Clarence House, residência oficial dele, e pessoas de seu convívio íntimo.

    A assessoria do príncipe divulgou comunicado atacando a jornalista. Afirmou que a obra não foi autorizada por ele e negou que a autora tenha tido acesso a funcionários da família real.

    Os jornais britânicos publicaram trechos durante a semana, mas com críticas e ressalvas sobre até que ponto a jornalista realmente recebeu informações precisas. Catherine Mayer se defendeu em canais de televisão, entre eles a BBC.

    Segundo o livro, de 448 páginas, o príncipe "quase abandonou no altar" a princesa Diana (morta em 1997), com quem se casou em 29 de julho de 1981.

    "Eu não posso ir adiante com isso", teria dito a um assessor pouco antes da celebração da união. De acordo com a autora, Charles estava "desesperado" na véspera.

    O casal se divorciou em 1996, quatro anos depois de anunciarem a separação. Desde 2005, ele é casado com Camilla Parker Bowles, que teria sido o pivô do rompimento do casal.

    SUCESSÃO

    O livro diz que a rainha Elizabeth 2ª, 88, acredita que os britânicos ainda não estão "prontos" para ter seu filho no papel de rei.

    A monarca, que em setembro bate o recorde da rainha Victoria (1837-1901) – cujo reinado durou 63 anos–, estaria preocupada com o "choque" na diferença de estilo.

    "Ao definir seu papel como herdeiro, o príncipe tem sinalizado uma redefinição da monarquia, mais atuante mesmo em temas polêmicos. Ele não será um rei em silêncio, não será neutro", diz um trecho do livro.

    A biografia afirma ainda que Charles tornou-se depressivo após a morte da rainha Elizabeth, conhecida como rainha-mãe, em 2002, ao 101 anos.

    Diz também que o Clarence House é um ambiente de intrigas e disputa de poder entre os funcionários, algo que seria estimulado pelo próprio príncipe. "Ele acredita que as rivalidades promovem um melhor desempenho", afirma.

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