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    Líderes terão encontro na quarta para resolver conflito na Ucrânia

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    08/02/2015 10h49

    Alemanha, França, Rússia e Ucrânia marcaram para quarta-feira (11) uma cúpula em Minsk, capital de Belarus, para buscar uma solução ao conflito ucraniano, anunciou neste domingo o governo alemão após uma conferência telefônica entre os quatro países.

    A chanceler alemã Angela Merkel e os presidentes François Hollande (França), Vladimir Putin (Rússia) e Petro Poroshenko (Ucrânia) realizaram "uma longa conversa telefônica" e "continuaram trabalhando em um pacote de medidas" para colocar fim ao conflito. segundo um comunicado do governo alemão.

    As conversas, realizadas durante a Conferência de Segurança de Munique, atravessaram o fim de semana e continuarão na segunda-feira em Berlim.

    "Vamos nos reunir na quarta se até lá conseguirmos conciliar nossas posições, as quais foram discutidas intensamente nos últimos dias", disse Putin, durante um evento em Sochi, na Rússia.

    "Os líderes participantes conseguiram progressos na discussão de uma série de medidas para a implementação dos acordos de Minsk", disse Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia, referindo-se a um plano de cessar-fogo que entrou em vigor em setembro, mas foi pouco respeitado.

    "Eles (os líderes) também esperam que os seus esforços durante a reunião de Minsk levem a um cessar-fogo rápido e incondicional", concluiu Poroshenko.

    'ÚLTIMA CHANCE'

    Nos últimos dias, Merkel e Hollande se reuniram com Poroshenko e Putin em encontros separados. A expectativa era que uma proposta para um acordo de paz fosse finalizada nesse domingo.

    Os líderes da Alemanha e da França deram declarações pessimistas sobre o tema no sábado. Merkel disse que o sucesso da negociação era "incerto" e Hollande alertou que as conversas eram "uma das últimas chances para evitarmos uma guerra" na Ucrânia.

    Ainda não foram divulgados detalhes do plano de paz. A Ucrânia, além de um cessar-fogo, quer o fechamento da fronteira com a Rússia e a retirada de armas e soldados russos de seu território.

    A Rússia nega que esteja invadindo território ucraniano e que dê apoio aos rebeldes, apesar das evidências reveladas pela Ucrânia.

    Neste sábado, Poroshenko mostrou vários passaportes de soldados russos que teriam entrado na Ucrânia. Segundo ele, isso prova "a agressão e a presença de tropas russas" combatendo ao lado dos rebeldes na região leste do país.

    De acordo com diplomatas, a proposta de Putin para sair do impasse inclui mudanças nas linhas de cessar-fogo, que deveriam incluir as áreas recém-conquistadas pelos separatistas, além de autonomia política para as regiões de Donestk e Lugansk.

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