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    Líder do Boko Haram debocha de força regional criada para combater o grupo

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    09/02/2015 18h22

    O líder do grupo radical Boko Haram, Abubakar Shekau, aparece em um vídeo divulgado nesta segunda-feira (9) debochando do anúncio da formação de uma força internacional para combater os extremistas do grupo.

    "Sua aliança não vai levar a nada. Reúnam todas as suas armas e nós as enfrentaremos. Vocês são bem-vindos!", afirmou Shekau em vídeo divulgado no Youtube, ironizando o anúncio feito no sábado (7) sobre a criação de uma força regional para combater o Boko Haram, grupo que tem base na Nigéria. A coalizão, formada por Nigéria, Níger, Chade, Camarões e Benin, deve mobilizar cerca de 8.700 soldados.

    "Vocês vão enviar 7.000 soldados? Por que não enviam 70 milhões? Isso não é muito. Apenas 7.000? Por Deus, é pouco. Vamos captura-los um por um", completou Shekau. O número de soldados citado por Shekau não condiz com o número anunciado.

    Boko Haram/AFP
    Líder do Boko Haram aparece em vídeo debochando de força regional de combate aos radicais
    Líder do Boko Haram aparece em vídeo debochando de força regional de combate aos radicais

    ATAQUES A PAÍSES VIZINHOS

    O Boko Haram, que atua na Nigéria, tem expandido seus ataques a países vizinhos.

    Editoria de Arte/Folhapress
    Onde fica a Nigéria
    Onde fica a Nigéria

    No Camarões, militantes do grupo atacaram a cidade de Kerawa e sequestraram cerca de 20 passageiros de um ônibus próximo a Adnga Danga no domingo (8). 12 dos reféns foram mortos, de acordo com uma testemunha e com o responsável por uma ONG local.

    No Níger, os extremistas atacaram cidades próximas à fronteira com a Nigéria. A cidade de Diffa foi atacada pela terceira vez em quatro dias nesta segunda-feira. No ataque, um carro-bomba explodiu e uma prisão foi alvo de uma emboscada.

    Na semana passada, o Boko Haram já havia feito ataques nos dois países.

    Desde 2009, a insurgência do Boko Haram, cujo nome significa "a educação ocidental é proibida", e a sua repressão pelas forças de segurança já deixaram mais de 13.000 mortos e mais de um milhão de refugiados.

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