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    Após ataques, Israel quer incentivar imigração de judeus da Europa

    DA REUTERS

    15/02/2015 18h24

    Depois do ataque a tiros contra uma sinagoga na Dinamarca, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu disse neste domingo (15) que é provável haver mais ataques desse tipo e que Israel dará as boas-vindas a judeus europeus que decidirem viver lá.

    Mais tarde, neste domingo, o ministério apresentou um plano para encorajar a absorção de judeus da França, Bélgica e Ucrânia, decidindo debater mais tarde a imigração de outros países europeus.

    Os ataques de Copenhague lembram os registrados em Paris em janeiro, primeiro contra a Redação do semanário Charlie Hebdo e dois dias depois contra um supermercado judaico.

    Duas pessoas foram mortas em dois ataques em Copenhague no sábado, e a polícia atribui ambos ao mesmo suspeito, um criminoso comum identificado e morto após confronto. Uma pessoa morreu no ataque a um evento que celebrava a liberdade de expressão e outra, um segurança, morreu no ataque a uma sinagoga próxima.

    "Esta onda de ataques e os assassinatos anti-semitas que fazem parte dela deve continuar", disse Netanyahu no início da reunião semanal de seu ministério, descrevendo os tiroteios como "terrorismo extremista islâmico".

    "Os judeus merecem proteção em todos os países, mas nós dizemos aos nossos irmãos e irmãs judeus que Israel é seu lar. Estamos preparando e convocando a absorção de uma imigração massiva vinda da Europa", disse Netanyahu.

    Etienne Laurent - 12.jan.2015/Efe
    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visita mercado onde quatro judeus foram mortos em Paris, na França
    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visita mercado onde quatro judeus foram mortos em Paris, em janeiro

    O líder israelense fez declarações semelhantes após os ataques de Paris. À época, seus comentários pareceram incomodar os líderes franceses no momento em que eles buscaram reassegurar a abalada comunidade judaica de que era seguro permanecer na França.

    Em 2014, o então primeiro-ministro israelense Ariel Sharon enfureceu Paris ao convocar os judeus franceses a fugirem do "mais selvagem antissemitismo" em seu país de nascença e ir para Israel. Netanyahu evitou fazer uma convocação tão explícita ao êxodo dos judeus.

    Sob a Lei do Retorno de Israel, qualquer um que tenha ao menos um avô ou avó judaico tem o direito de emigrar para Israel e, estando lá, receber automaticamente cidadania israelense.

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