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    Promotor pede absolvição de ex-chefe do FMI em caso de prostituição

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    17/02/2015 15h32

    Um promotor francês pediu nesta terça (17) a absolvição do ex-diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, 65, acusado de proxenetismo (exploração de prostituição).

    Strauss-Kahn estava cotado para se tornar o próximo candidato a presidente da França quando foi acusado de agressão sexual contra uma camareira de um hotel em Nova York, em 2011.

    O processo criminal nos EUA foi arquivado, mas posteriormente surgiram as acusações de que Strauss-Kahn participava de um grupo que explorava prostituição em Lille, norte da França.

    Pascal Rossignol/Reuters
    O ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn retorna a seu hotel após audiência em Lille, na França, nesta terça (17)
    O ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn retorna a seu hotel após audiência em Lille, nesta terça (17)

    "Dominique Strauss-Kahn pagava por sexo com prostitutas? A resposta é não. Ele atuou como cafetão das prostitutas? A resposta é não", disse ao tribunal Frederic Fevre, promotor de Lille, ao pedir a absolvição do ex-chefe do FMI.

    O julgamento deve terminar nesta semana, mas não se espera um veredicto imediato.

    Investigadores processuais, que originalmente levaram o caso de DSK a julgamento apesar das objeções do mesmo promotor, argumentaram que Strauss-Kahn organizava festas envolvendo prostitutas entre 2008 e 2011, em Lille, Bruxelas, Paris e Washington.

    De acordo com a lei francesa, esses investigadores podem ignorar recomendações de um promotor para arquivar um processo. Os investigadores afirmaram que a acusação de proxenetismo procedia, porque DSK era um dos principais organizadores das festas e sabia que havia prostitutas.

    Mas, durante as três semanas de julgamento em Lille, em que prostitutas testemunharam em ínfimos detalhes sobre o comportamento sexual de DSK, o réu afirmou repetidamente não saber que as mulheres eram prostitutas e não ter organizado as festas.

    "Todo mundo pode viver sua sexualidade da maneira que quiser", disse Fevre. "Nem o promotor, nem o juiz podem se arrogar o papel de guardiões da ordem moral."

    Outros 13 réus estão sob julgamento, mas DSK afirma que eles eram apenas adeptos de troca de casais, como ele. "Era um grupo de amigos simplesmente satisfazendo seus egos, ambições e desejos sexuais", disse o promotor.

    Na segunda (15), advogados de quatro prostitutas que participaram das festas afirmaram que elas estavam abrindo mão do pedido de indenização, citando falta de provas para confirmar a acusação de proxenetismo.

    Se condenado, DSK poderia pegar uma pena de, no máximo, dez anos de prisão, com uma multa de até US$ 1,7 milhão.

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