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    Por falta de papel, diário passará a circular semanalmente na Venezuela

    SAMY ADGHIRNI
    DE CARACAS

    27/02/2015 00h43

    Um dos maiores símbolos do pensamento opositor na Venezuela, o jornal "Tal Cual", deixará de circular diariamente por falta de papel. Nesta quinta chegou às bancas a última edição diária, que será substituída por uma versão semanal, aos sábados. Boa parte da produção será divulgada no site do jornal.

    Em comunicado, o jornal, criado em 2000 pelo ex-guerrilheiro Teodoro Petkoff, disse que o objetivo continuará o de sempre: "falar ao país de forma clara e direta."

    O jornal se queixou do "incessante acosso judicial, político e econômico [por parte do presidente] Nicolás Maduro".

    O "Tal Cual" acusa o governo de bloquear acesso aos dólares necessários para adquirir bobinas de papel e outros equipamentos importados usado na impressão.

    Na centralizada economia local, o Estado regula com mão de ferro a disponibilidade de divisas para empresas que precisam importar. A importação de papel se soma a outros motivos de atrito entre a imprensa opositora e Maduro.

    Funcionários do jornal "El Universal", comprado em 2014 por investidores próximos do chavismo, foram demitidos por publicar críticas ao governo.

    Dois outros importantes veículos opositores, a TV Globovision e o jornal "Ultimas Noticias", também abandonaram a linha crítica ao governo.

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