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    Chanceler russo critica uso político do assassinato de opositor a Putin

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    02/03/2015 09h37

    O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, criticou nesta segunda-feira (2) as tentativas de usar para fins políticos a morte de Boris Nemtsov, opositor ao presidente Vladimir Putin.

    Nemtsov foi assassinado com quatro tiros nas costas na noite de sexta-feira (27) no centro de Moscou, dois dias antes de um protesto convocado por ele contra a participação russa no conflito no leste da Ucrânia.

    Em discurso no Conselho de Direitos Humanos da ONU, Lavrov chamou o homicídio de "crime hediondo" e disse que a morte será "totalmente investigada" pelo governo, sob ordem imediata de Putin e controle especial.

    Ele criticou a interferência externa na investigação e o que chamou de tentativa de usar a morte para substituir os órgãos de investigação russos, "com o uso de interpretações abertamente politizadas, sem fundamento e provocadoras".

    O Comitê de Instrução da Rússia, que ofereceu uma recompensa de três milhões de rublos (US$ 50 mil) por "informação valiosa", trabalha com várias hipóteses sobre os possíveis motivos do assassinato.

    Os investigadores não descartam que o assassinato do líder opositor seja uma tentativa de desestabilizar a situação na Rússia ou vingança pessoal.

    Nemtsov era um dos maiores críticos da atuação da Rússia nos assuntos internos da Ucrânia e tinha denunciado que milhares de soldados russos combatiam ao lado dos separatistas.

    MULHER

    Nesta segunda, a mulher ucraniana que acompanhava Nemtsov disse não ter visto os autores do crime. "Não sei de onde veio o assassino. Não o vi, já que tudo ocorreu às minhas costas", afirmou a modelo Anna Duritskaya ao canal de televisão "Dozhd".

    Duritskaya contou que o a única coisa que conseguiu ver foi um "um carro de cor clara"."Não vi nem o modelo nem a placa do automóvel que fugiu. Também não vi como o assassino entrou no carro."

    A mulher, que por enquanto foi impedida de deixar a Rússia, disse ainda que não reparou em ninguém seguindo os dois. Ela também descartou que tenha sido um crime passional.

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