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    Obama diz que racismo na polícia de Ferguson não é caso isolado

    DA AFP

    06/03/2015 16h26

    O presidente americano, Barack Obama, considerou que as condutas racistas pelas quais a polícia de Ferguson, Missouri (centro), é acusada, não são comuns, mas podem ocorrer em outras partes dos EUA.

    "Não acredito que seja típico do que ocorre no país, mas não é um incidente isolado", declarou Obama em uma entrevista à rádio Sirus XM.

    Kevin Lamarque/Reuters
    Presidente dos EUA, Barack Obama, cumprimenta fiéis em igreja em West Columbia, Carolina do Sul
    Presidente dos EUA, Barack Obama, cumprimenta fiéis em igreja em West Columbia, Carolina do Sul

    Obama se pronunciou depois que o Departamento de Justiça descobriu uma série de e-mails racistas e evidências de múltiplas violações de direitos humanos em Ferguson, um subúrbio próximo a San Louis, onde um policial matou a tiros um adolescente negro desarmado no dia 9 de agosto de 2014.

    A morte de Michael Brown desencadeou várias semanas de protestos em várias cidades contra o racismo e os abusos da polícia contra a comunidade negra, alguns dos quais terminaram em confrontos.

    "Existem circunstâncias nas quais a confiança entre as comunidades e a aplicação da lei se rompeu", comentou Obama.

    "Indivíduos ou departamentos inteiros podem não ter o treinamento ou a responsabilidade para garantir que estão protegendo e servindo todas as pessoas, e não apenas algumas", acrescentou o presidente.

    Embora o secretário de Justiça, Eric Holder, tenha considerado alarmante o relatório sobre o departamento de polícia de Ferguson, o governo determinou que não apresentará acusações contra o policial branco que matou Brown.

    No entanto, a família do jovem anunciou que apresentará uma demanda civil contra o policial e o governo local de Ferguson.

    A morte de Brown também reativou o debate nacional sobre as relações raciais e a aplicação da lei.

    Obama convocou um grupo de trabalho que emitiu 60 recomendações à polícia para reconstruir a confiança com a comunidade.

    As medidas incluem a introdução de investigações externas "em casos de abuso da força policial resultantes em morte, oficiais envolvidos em tiroteios que deixam feridos ou mortos, ou mortes em custódia".

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