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    Reino Unido quer forçar empresas aéreas a barrar aprendizes de jihadista

    DA REUTERS

    08/03/2015 12h01

    O Reino Unido vai apresentar na próxima semana um pacote de leis que pretendem impedir as empresas aéreas de carregarem passageiros que possam estar viajando para se unir aos militantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, segundo o jornal "Sunday Times".

    Milhares de estrangeiros de mais de 80 países já se uniram ao Estado Islâmico (EI) e outros grupos radicais na Síria e no Iraque, incluindo o britânico conhecido como "John Jihadista", que apareceu em vários vídeos de decapitação do EI.

    O ministro do Interior britânico quer poderes para evitar que as empresas aéreas transportem passageiros, incluindo crianças, que se creia estarem viajando para participar de "atividades relacionadas ao terrorismo" em rotas conhecidas, como as que levam ao interior da Síria, segundo o jornal.

    O governo britânico confirmou os relatos.

    Reuters
    "John Jihadista", suposto cidadão britânico que aparece em vídeos de decapitação do Estado Islâmico
    "John Jihadista", suposto cidadão britânico que aparece em vídeos de decapitação do Estado Islâmico

    As regras, que devem ser incluídas na legislação apresentada ao Parlamento nesta semana, exigem das empresas aéreas que peçam permissão para levar esses passageiros. Um sistema automático com base em listas de passageiros fornecidas pelas empresas deve destacar passageiros de alto risco e impedir que eles embarquem, diz a reportagem.

    Os novos poderes demandados pelo governo são o mais novo passo nos esforços britânicos para impedir combatentes estrangeiros de irem à Síria em voos comerciais. A medida vem três estudantes londrinas fugiram do Reino Unido por meio da Turquia para entrar no Estado Islâmico.

    Em chat na internet neste domingo (8), a coordenadora nacional sênior de combate ao terrorismo no Reino Unido, Helen Ball, disse que ao menos 22 famílias britânicas relataram o desaparecimento de jovens mulheres e meninas no último ano, acreditando que elas tenham ido para a Síria.

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