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    Número de mortos na Tunísia sobe para 23; atiradores são identificados

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    19/03/2015 08h38

    O governo da Tunísia confirmou na manhã desta quinta-feira (19) que subiu para 23 o número de mortos no ataque ao Museu do Bardo, próximo ao Parlamento do país, na quarta-feira (18). Nove suspeitos de envolvimento no atentado foram presos nesta quinta.

    Entre os mortos, 20 são turistas estrangeiros, dos quais 13 foram identificados até agora. Três tunisianos também morreram no ataque. Quase 50 pessoas ficaram feridas, segundo a Associated Press.

    Michel Euler - 18.mar.2015/AP
    Tunisianos se reúnem nesta quarta (18) em solidariedade às vítimas do ataque em Túnis
    Milhares de pessoas se reúnem nesta quarta (18) em solidariedade às vítimas do ataque em Túnis

    Dois turistas espanhóis foram encontrados na manhã desta quinta no Museu do Bardo depois de passarem a noite escondidos ao lado de um funcionário da instituição, informaram as autoridades.

    Segundo o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo, Juan Carlos Sanchez e Cristina Rubio, que está grávida de quatro meses, estão bem.

    Lassaad Bouali, um funcionário do museu, "escondeu dois turistas espanhóis em um escritório", afirmou à AFP um representante da Proteção Civil.

    Os três foram levados para um hospital para passar por exames de rotina.

    As autoridades tunisianas não explicaram como as três pessoas não foram encontradas durante a operação de revista no Museu do Bardo após o ataque.

    ATIRADORES IDENTIFICADOS

    O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, anunciou que as forças de segurança identificaram os dois responsáveis pelo atentado como Yassine Abidi e Hatem Khachnaoui, os quais provavelmente são tunisianos.

    Os atiradores foram mortos pela polícia durante a operação de resgate dos reféns mantidos no museu.

    Abidi havia chamado a atenção dos agentes de inteligência da Tunísia anteriormente, mas não se sabia de "nada específico" sobre ele, disse Essid.

    O governo não dispõe de mais informações sobre os indivíduos, mas destacou a possibilidade de haver dois ou três cúmplices que ainda estariam foragidos.

    Nenhuma organização reivindicou a autoria do ataque e não há evidências que indiquem vínculos entre os atiradores e algum grupo radical.

    O ataque teve início às 12h30 locais (8h30 de Brasília) nesta quarta e terminou cerca de três horas depois quando policiais invadiram o museu e mataram os atiradores, libertando reféns.

    O Museu do Bardo, alvo do ataque, é uma das principais atrações turísticas da Tunísia e conta com uma importante coleção de mosaicos romanos.

    Este foi o pior atentado dos últimos 13 anos na Tunísia, um dos mais países mais seculares no mundo árabe.

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