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    Ataques no Iêmen contra mesquitas houthis deixam ao menos 137 mortos

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    20/03/2015 08h24

    Um ataque coordenado de ao menos quatro homens-bomba contra mesquitas usadas por partidários de rebeldes xiitas deixou ao menos 137 mortos e mais de 350 feridos na capital do Iêmen, Sanaa, nesta sexta-feira (20). Os números são da agência oficial de notícias, Sada.

    O braço do Estado Islâmico no Iêmen reivindicou o atentado, o mais mortífero a acontecer no país em anos.

    No entanto, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que o governo americano ainda não encontrou indícios que apontem a participação da facção na tragédia. Segundo ele, o EI costuma reivindicar ataques, mesmo os não cometidos por ele, para fins de propaganda.

    Earnest também afirmou que ainda não existem evidências suficientes que liguem o EI ao ataque ao Museu Bardo, na Tunísia.

    ATAQUES EM SANAA

    Segundo a agência France Presse, uma das explosões aconteceu no interior da mesquita de Badr, no sul da capital, seguida de outra na porta pela qual transitavam os fiéis.

    Outro alvo foi a mesquita de Al-Hashahush, no norte da cidade, que celebrava a oração do meio-dia de sexta-feira, segundo a Efe. O imã do templo, Taha Ahmed al Mutauakil, seria um dos dirigentes houthis no Iêmen. Ele foi ferido e está internado em um hospital.

    Enquanto ocorriam esses atentados em Sanaa, aviões não identificados atacaram o palácio presidencial na cidade de Áden, no sul do país, pelo segundo dia seguido.

    Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/Folhapress

    As mesquitas de Sanaa são utilizadas principalmente por muçulmanos xiitas do grupo houthi, que há meses controla a maior parte do norte do país, incluindo a capital.

    Atualmente, o Iêmen vive uma disputa de poder entre os houthis, grupo apoiado pelo Irã, e o presidente, Abdo Rabo Mansur Hadi.

    Hadi havia sido colocado sob prisão domiciliar pelos houthis, mas no dia 21 de fevereiro ele conseguiu fugir e chegar à cidade de Aden. Ali, ele retirou seu pedido de renúncia e anunciou que permanecia como chefe de Estado.

    Na quinta (19), um avião de guerra atacou a casa em que ele estava, após uma manhã de confrontos no aeroporto internacional da cidade que deixou pelo menos seis mortos e 20 feridos.

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