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    Milícia xiita quer uma participação maior no governo do Iêmen

    DE SÃO PAULO

    21/03/2015 02h00

    Os houthis são, ao lado da Al Qaeda na Península Arábica (AQAP, na sigla em inglês), a principal milícia religiosa no Iêmen.

    Também chamado de Ansar Allah ("Seguidores de Allah", em português), o grupo islâmico xiita tira seu nome de Hussein Badreddin al-Houthi, que lançou um movimento insurgente no país em 2004 e foi morto pelo Exército iemenita durante aquele levante.

    A facção, hoje dirigida por Abdel Malek al-Houthi, irmão de Hussein, tem como objetivo restaurar um regime monárquico dirigido por imãs que foi abolido no país em 1962.

    Há mais de uma década a milícia enfrenta o governo sunita do Iêmen, reivindicando maior participação no poder e mais territórios no norte do país.

    A facção também é contrária a uma mudança na Constituição que faria uma nova divisão do país e retiraria do grupo o seu acesso ao mar.

    Os houthis têm recrutado seus novos integrantes principalmente entre os membros da comunidade zaidita, um ramo do xiismo que representa um terço da população iemenita.

    Inspirado no grupo radical libanês Hizbullah, a facção tem seu principal reduto nas montanhas do norte do Iêmen.

    Em setembro passado, os milicianos, vindos da região de Saada, no noroeste do país, tomaram a capital, Sanaa, dissolveram o Parlamento e anunciaram a formação de um conselho presidencial com 551 membros para governar o Iêmen por dois anos.

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