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    EUA bombardeiam posições do Estado Islâmico em Tikrit, no Iraque

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    25/03/2015 20h58

    A coalizão liderada pelos Estados Unidos fez na madrugada desta quinta-feira (26) seu primeiro ataque a posições do Estado Islâmico em Tikrit, no norte do Iraque.

    Os bombardeios são uma nova fase da ação americana contra a milícia no país, iniciada em agosto. Há três semanas, Tikrit é alvo há três semanas de uma ofensiva do Exército iraquiano.

    Segundo membros do governo americano, a operação atingiu dezenas de posições de combate do Estado Islâmico, selecionados após dias de sobrevoos pela região.

    O bombardeio foi anunciado pelo primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, como um suporte recebido de "países amigos", que inclui armas e treinamento, além do suporte em operações aéreas.

    "Nós abrimos a última página de nossas operações", disse Abadi. "O tempo da liberdade começou agora."

    Horas antes, as autoridades iraquianas haviam atacado com morteiros algumas áreas do Estado Islâmico na periferia da cidade, mas sem provocar perdas de domínio ao Estado Islâmico.

    Os bombardeios da coalizão chegam no momento em que as forças de segurança iraquianas não conseguiam avançar sozinhas por Tikrit.

    Cerca de 20 mil soldados e milicianos xiitas participam da operação, que planeja retomar o controle da cidade, terra natal do ex-ditador Saddam Hussein (1937-2006) e um dos principais bastiões sunitas do país árabe.

    Após conseguirem dominar vilarejos e parte da periferia da cidade em dez dias, os combatentes de Bagdá depararam com a resistência dos extremistas, que continuam no centro da cidade.

    O ataque aéreo também mostra um recuo do governo iraquiano, que inicialmente havia afirmado não sentir necessidade dos bombardeios da coalizão americana para retomar Tikrit.

    IRÃ

    Segundo membros dos governos americanos e iraquiano, os ataques ainda não tinham ocorrido por resistências dos dois lados. Nas forças iraquianas, as milícias xiitas consideravam que poderiam dar cabo do Estado Islâmico e ameaçavam deixar a coalizão caso houvesse participação dos EUA.

    Do lado americano, o apoio direto do Irã, que enviou o comandante das Forças Quds do Exército, Qassem Suleimani, para treinar os xiitas, era o motivo de resistência para o envolvimento na ofensiva iraquiana em Tikrit.

    O desconforto surgiu no anúncio do bombardeio. O comandante da coalizão, James Terry, omitiu as milícias xiitas e chamou os combatentes de "forças iraquianas sob comando iraquiano".

    "Estes ataques são destinados a destruir os bastiões do Estado Islâmico com precisão, além de salvar vidas inocentes de iraquianos e minimizar danos estruturais".

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