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    Ataques a centros de votação matam pelo menos sete na Nigéria

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    28/03/2015 09h25

    Pelo menos sete pessoas morreram neste sábado (28) em um suposto ataque do grupo Boko Haram contra dois vilarejos do norte da Nigéria, onde os jihadistas atiraram em cidadãos que estavam nos centros de votação em dia de eleições no país.

    Os ataques ocorreram nos vilarejos de Birin Bolawa e Birin Fulani, que os terroristas invadiram com diversos veículos, segundo informaram à Agência Efe fontes da polícia.

    Os agressores invadiram pelo menos dois centros de votação atirando contra os cidadãos e queimando as cédulas de voto. Depois, percorreram os vilarejos para incendiar veículos e pediram às pessoas para que não saíssem de casa e não participassem das eleições.

    AFP
    O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, que disputa a reeleição, vota neste sabado (28)
    O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, que disputa a reeleição, no momento de sua votação

    Esses dois locais ficam no estado de Gombe, constante palco de atentados do grupo jihadista que assedia o nordeste do país.

    As eleições, que deveriam ter ocorrido no dia 14 de fevereiro, foram atrasadas para este sábado, de modo a tentar garantir mais segurança

    ELEIÇÃO DISPUTADA

    A população da Nigéria vota neste sábado na mais disputada eleição do país desde o retorno à democracia, em 1999. O pleito ocorre enquanto o Exército combate o Boko Haram, movimento que tenta estabelecer um califado islâmico no país.

    Nesta sexta-feira (27), o Exército afirmou que destruiu o quartel-general da facção na cidade de Gwoza e expulsou os extremistas de todos os três Estados no nordeste do país, que se tornou um reduto da milícia em seus seis anos de insurgência.

    Não foi possível confirmar a declaração de vitória um dia antes das eleições cruciais, em que o presidente Goodluck Jonathan, cristão do sul, enfrenta Muhammad Buhari, antigo líder da junta militar que governou o país. A dupla já se enfrentou em 2011.

    Naquele pleito, ao menos 500 pessoas foram mortas depois que resultados contestados causaram dias de violentos distúrbios no norte.

    Para "garantir a segurança" na votação deste sábado, o chefe de polícia da Nigéria, Suleiman Abba, proibiu a circulação de veículos das 8h (4h, no horário de Brasília) às 17h.

    Segundo Abba, "a ordem de restrição se aplica a todos os veículos, exceto ambulâncias, carros de bombeiros e outras funções essenciais".

    O Ministério do Exterior nigeriano também anunciou o fechamento por três dias das fronteiras marítimas e terrestres do país desde a meia-noite de quarta-feira (25), para "permitir eleições pacíficas".

    Editoria de arte/Folhapress
    Eleição na nigéria País vive sob violência do grupo radical Boko Haram

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