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    Promotor mantido como refém morre na Turquia; polícia mata militantes

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    31/03/2015 11h37

    Um promotor turco morreu após ter sido seriamente ferido enquanto era mantido como refém por militantes de um grupo de esquerda em um tribunal de Istambul, disse um hospital nesta terça-feira (31).

    Os dois militantes que o haviam sequestrado foram mortos pela polícia, afirmou o chefe policial Selami Altinok.

    "Como ouvimos disparos dentro da sala do promotor, nossas forças de segurança lançaram a operação", disse o chefe de polícia.

    Reuters
    Militante armado mantém o promotor Mehmet Selim Kiraz como refém em tribunal em Istambul
    Militante armado mantém o promotor Mehmet Selim Kiraz como refém em tribunal em Istambul

    O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, afirmou que o promotor morreu após ter sido ferido durante a troca de tiros da polícia com os sequestradores.

    De acordo com o presidente Recep Tayyip Erdogan, a vítima foi atingida na cabeça e em outras partes do corpo.

    Antes da ação policial, a Frente Partidária Revolucionária pela Libertação Popular (DHKP-C, na sigla em turco), organização de esquerda banida na Turquia, havia publicado na internet uma foto do promotor, identificado como Mehmet Selim Kiraz, com uma arma apontada para a cabeça.

    Kiraz era responsável pela investigação da morte de um adolescente que ficou em coma por 269 dias após ser atingido por uma granada de gás lacrimogêneo lançada pela polícia durante uma manifestação contra o governo em 2013.

    Os militantes haviam dado às autoridades turcas três horas para atender a algumas demandas, incluindo que os policiais responsáveis pela morte do garoto em 2013 confessassem a sua ação.

    AFP
    Forças de segurança turcas cercam tribunal onde promotor é mantido como refém por invasores
    Forças de segurança turcas cercam tribunal onde promotor é mantido como refém por invasores

    Além disso, exigiam que os policiais fossem julgados por "tribunais populares" e que fossem retiradas acusações contra pessoas que participaram dos protestos.

    A DHKP-C, de viés socialista, é considerada uma organização terrorista pela Turquia, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

    Mais ativo nos anos 1970, o grupo continua fazendo ataques esporádicos. Em 2013, fez um atentado suicida à embaixada americana, provocando a morte de um agente de segurança.

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